A nova presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, defende que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja aplicado mais de uma vez por ano. Em entrevista à Agência Brasil, Malvina disse que ainda não existe uma decisão a respeito de mais edições do Enem, mas estudos sobre o tema.
"Sempre defendi a multiplicidade de possibilidades que temos que dar aos jovens", disse Malvina, que era reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). "O Enem tem que ser um instrumento democrático de acesso à universidade. Quanto mais possibilidades de aplicar for possível, melhor."
Ela foi nomeada presidente do Inep na segunda-feira, em substituição a Joaquim Soares Neto que, segundo o Ministério da Educação, pediu demissão do cargo após enfrentar uma série de críticas e problemas com o Enem e as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Na entrevista, Malvina disse que o Enem não será a única preocupação do Inep. "O Enem é um ganho importante para todos aqueles que desejam ingressar numa instituição de ensino superior, ele democratiza de fato esse acesso. Junto com outros instrumentos e apoiado por uma política de acesso e permanência, certamente ele é um avanço importante para o país. Agora, precisa ser acompanhado, é preciso ver quais foram os avanços e também as fragilidades para cada vez aperfeiçoar mais."
Malvina assumiu o cargo em uma semana tumultuada envolvendo o Enem e o SiSU. Mais de 13 mil estudantes, segundo o MEC, tiveram a redação do Enem anulada por falhas no preenchimento. Alguns estudantes conseguiram na Justiça ação para terem a prova do Enem revista. O site do SiSu apresentou problemas de acesso nos primeiros dias, o que levou o MEC a estender o prazo de inscrição até as 23h59 desta quinta-feira (20). As incrições para o ProUni, o programa de bolsas para universidades particulares, começam nesta sexta-feira (21).
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