Internautas mais escolarizados, do sexo masculino, habitantes de zonas urbanas, que gastam mais horas na internet, e que participam de sites de relacionamento têm mais chances de serem usuários de cursos on-line. Este é um dos resultados da pesquisa "Um perfil do uso da educação on-line no Brasil" da décima terceira edição do boletim "Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior" divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (10).

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O foco do estudo foi o de identificar a demanda por cursos on-line verificando os fatores que ajudam a diferenciar os usuários dos não usuários desta modalidade, a partir de dados das pesquisas sobre uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) no Brasil, do Comitê Gestor de Internet (CGI). Segundo informações da TIC Domicílios, em 2009 havia 63 milhões de internautas no país.

O estudo mostra que aqueles que acessam a internet principalmente de locais como telecentros e lan houses têm menos chance de participarem de cursos on-line que aqueles que acessam principalmente de casa, da instituição de ensino ou o trabalho. Este resultado ressalta a importância de políticas públicas que procuram levar o acesso à internet em banda larga à residência e/ou à instituição de ensino da população.

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Nas empresas

A pesquisa indica, ainda, que há maior adoção de treinamento on-line por parte das empresas de maior porte, e menor adoção nos setores de alojamento e alimentação e outros serviços. Mais da metade das firmas com 250 ou mais pessoas ocupadas fazem uso de treinamento on-line.

Os resultados evidenciam que a educação on-line parece estar sendo utilizada como importante instrumento de atualização profissional por parte da população de nível superior de ensino. Também mostram que a banda larga traz benefícios para a sociedade ao propiciar que cidadãos e empresas tenham acesso mais rápido às informações, ao agilizar a comunicação, ao possibilitar práticas como a telemedicina e a educação a distância.