Veja também:
Anjo negro, de Nelson Rodrigues
Felicidade clandestina, de Clarice Lispector
Inocência, de Visconde de Taunay
Novas diretrizes em tempos de paz, de Bosco Brasil
O bom crioulo, de Adolfo Caminha
Poemas escolhidos, de Gregório de Matos
Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles
Este romance de José de Alencar conta a história de Lucíola (Lúcia), uma prostituta de luxo do Rio de Janeiro do século XIX.
Assista à análise em vídeo, feita pelo professor Marcelo Muller
Paulo, rapaz do interior, vem para o Rio de Janeiro e conhece Lúcia, sem saber da sua real identidade, e se sente atraído por ela. Couto, seu amigo, acaba com a ilusão de Paulo contando-lhe da sua verdadeira profissão. Paulo não desiste, vai até a casa dela e os dois passam a noite juntos. Mas Lúcia volta atrás e, depois disso, retorna à vida que levava.
Mas ela se arrepende e os dois decidem ficar juntos. Os dois se mudam para uma casa pequena, muito diferente da antiga mansão de luxo de prostituição. Nesse momento, Lúcia revela a Paulo o seu verdadeiro nome, Maria da Glória. No surto de febre amarela, em 1850, todos os seus familiares ficaram enfermos. Ela, para comprar remédios, se entrega a Couto aos 14 anos, mas o pai, sabendo do ocorrido, a expulsa de casa. Depois da morte de sua amiga Lúcia, ela adota esse nome e simula a família o próprio falecimento. Com o dinheiro adquirido nos últimos anos, se responsabilizava por arcar com os estudos da sua irmã Ana.
Passa o tempo e Lúcia fica grávida, mas, logo em seguida, ela adoece. A enfermidade é para ela o castigo pelos seus pecados. Ela confessa seu amor a Paulo, se recusa a fazer o aborto e pede que ele se case com sua irmã Ana. Paulo se recusa e ela morre.
Paulo assume os cuidados de Ana e esta se casa com um bom homem. O protagonista permanece sozinho e infeliz com a falta do seu verdadeiro amor.
Análise
José de Alencar constrói, nesse romance urbano, a purificação da alma de Lucíola. Os seus erros do passado não são perdoados no amor romântico, por isso ela não pode ser feliz.
O livro também faz uma crítica contra o preconceito. Paulo tem dificuldades de escolher entre o seu amor e as consequências da sua paixão por uma prostituta.
Tempo
Metade do século XIX, Segundo Reinado. A narração é cronológica, ou seja, os fatos ocorrem em sequência.
Narrador
Narrado em primeira pessoa, por Paulo, por meio de cartas enviadas a uma senhora.
Curiosidade
Lucíola é o nome de um inseto noturno que brilha nos charcos.Fonte: Marcelo Müeller, professor do Curso Pré-Vestibular Dom Bosco.
Livros UFPR 2011/2012 | 8:07
O romance de José de Alencar conta a história de Lucíola (Lúcia), uma prostituta de luxo do Rio de Janeiro do século XIX. Assista à análise do professor Marcelo Muller.
Deixe sua opinião