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Câmpus Londrina da UTFPR: descentralização de matrículas seria bem-vinda | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Câmpus Londrina da UTFPR: descentralização de matrículas seria bem-vinda| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

Vagas ociosas

Confira o porcentual de matrículas em primeira chamada nas instituições que tiveram a maior oferta no Sisu:

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

> Vagas: 2.816

> Matrículas: 845

> Preenchimento: 30%

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

> Vagas: 2.696

> Matrículas: 721

> Preenchimento: 27%

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

> Vagas: 1.560

> Matrículas: 1.014

> Preenchimento: 65%

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio)

> Vagas: 1.092

> Matrículas: 268

> Preenchimento: 25%

Universidade Federal do Semiárido (Ufersa – RN)

> Vagas: 972

> Matrículas: 243

> Preenchimento: 25%

Fontes: universidades

O balanço das matrículas nas cinco instituições de ensino superior com maior participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação (MEC), mostra que a sobra de vagas na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UT FPR) não foi um caso isolado. Com exceção da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que preencheu 65% das vagas com a matrícula dos aprovados em primeira chamada, as instituições apresentaram porcentuais que oscilam entre 25% e 30%. Mesmo assim, dirigentes das universidades esperam preencher todas as vagas até o início do próximo semestre letivo.

Na avaliação do presidente da Comissão de Processos Seletivos da UTFPR, professor Jair Almeida, o preenchimento gradual das vagas é uma característica da metodologia do Sisu, uma seleção nacional baseada nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "No ano que vem também vai ser assim: teremos cerca de 500 matrículas na primeira chamada, outras 500 na segunda e assim por diante, até preenchermos todas as vagas", prevê. Para ele, o sistema ainda está em construção, devendo ser lapidado a cada nova edição.

Os candidatos aprovados em segunda chamada farão matrícula amanhã e na sexta-feira. No dia 8 de julho, será divulgada a terceira chamada. Se ainda houver vagas, entre 10 e 14 de julho o MEC divulgará a lista de espera, para que cada instituição participante possa fazer as demais chamadas complementares. A previsão da UTFPR é que todas as vagas sejam preenchidas ainda no mês que vem. O início do próximo semestre letivo está marcado para o dia 9 de agosto.

Mobilidade

A pequena ociosidade de vagas na UFRPE, em comparação com outras instituições, tem explicação: de acordo com a pró-reitora de Ensino de Graduação, Maria José de Sena, a taxa de mobilidade (migração) dos alunos da instituição ficou em 4,3%, porcentual considerado dentro da normalidade. "A maioria dos estudantes provém da própria região Nordeste", afirma.

Para a pró-reitora, é preciso que haja conscientização dos candidatos para que eles só se inscrevam se tiverem realmente a intenção de se matricular. "É um absurdo sobrar vaga em instituição pública", afirma. Maria José elogia as mudanças no Sisu, como o cadastro único e a eliminação dos aprovados em primeira opção que não fizerem matrícula. "Mas o sistema ainda pode ser aperfeiçoado: acho que a tendência é deixar uma opção só, para que se inscreva somente quem quer a vaga", sugere.

Jair Almeida concorda com a proposta da pró-reitora da UFRPE e faz mais sugestões ao MEC. "A partir do próximo Sisu, poderia ser instituída a matrícula a distância: o candidato lá do interior do Rio ou de Minas, por exemplo, poderia escanear cópias autenticadas dos documentos e enviar por e-mail ao nosso Departamento de Registro Acadêmico, que receberia a mensagem com data, hora e os anexos", afirma.

O professor admite que a própria UTFPR poderia flexibilizar as matrículas. Atualmente, um estudante londrinense que fosse aprovado em um curso oferecido no câmpus de Curitiba, por exemplo, teria de fazer a matrícula na capital, apesar de a instituição também estar presente em Londrina. "Mas isso só resolveria uma pequena parte do problema, pois a situação mais complicada é a dos candidatos de outros estados, de outro extremo do país", avalia.

Apesar do baixo número de matrículas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), a pró-reitora de Gradua­ção, Loreine Hermida da Silva e Silva, faz uma avaliação positiva do sistema. Segundo ela, o Enem prioriza o raciocínio lógico e a capacidade de análise e de fazer correlações entre os conteúdos. Além disso, a seleção em nível nacional amplia a divulgação da instituição. Na primeira edição do Sisu, a universidade teve 81.304 inscrições, mais do que o quádruplo do vestibular promovido pela UniRio em 2009.

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