Seleção
Como chegar até lá
A Aliança Russa representa oficialmente no Brasil as principais universidades da Rússia e trabalha com a seleção dos candidatos, orientação da faculdade, obtenção de documentação para o visto de permanência e a inscrição na universidade, além de assessorar durante a viagem até a chegada no país.
Boa parte do curso é subsidiada pelo governo russo. De acordo com a Aliança Russa, o estudante de Medicina tem um gasto anual de R$ 7 mil. Neste valor já estão incluídos os custos com o alojamento, que fica na própria universidade.
Após a conclusão, o estudante necessita submeter o diploma ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, procedimento padrão para quem faz graduação fora do país.
Estudar Medicina sempre fez parte dos sonhos de Karolline Domingues, residente em Terra Roxa, município de 16,6 mil habitantes localizado no Oeste do Paraná. Fazer o curso em uma universidade particular, no entanto, era inviável e a alta concorrência nas públicas também sempre ofuscou o sonho da estudante de 24 anos, que acabou se formando em Estética e Cosmética pela Universidade do Norte do Paraná (Unopar).
Em novembro do ano passado, ela se preparava para um intercâmbio quando conheceu uma brasileira que estava estudando Medicina na Universidade Estatal Médica de Kursk (Rússia), com auxílio da Aliança Russa de Ensino Superior. "Ela explicou como era e eu busquei informações no site. Fui atrás, vi que era uma boa opção e uma instituição segura", relata. No dia 13 de março Karolline embarcou para a Rússia junto com outros sete jovens. "Eu tinha abandonado o plano de Medicina e ele reviveu com essa oportunidade", diz a paranaense.
De acordo com a Aliança Russa, o aluno não precisa conhecer o idioma local, já que as aulas são ministradas em inglês. Karolline afirma que não terá problemas já que conhece a língua inglesa e tem facilidade para se comunicar. "Minha dificuldade vai ser com o russo no supermercado ou na farmácia, mas a gente dá um jeito", afirma ela, que sabe do desafio que terá pela frente. "Eu sou uma pessoa que mora fora de casa desde os 17 anos e acho que quando uma pessoa sabe o que quer, sabe onde vai chegar", observa.
Filha de um casal de pastores da Igreja Batista, Karolline conta que já foi integrante da entidade internacional Jovens Com Uma Missão (Jocum), que trabalha com ações sociais. Quando ela esteve na entidade, desenvolveu ações sociais no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, mas esta é a primeira vez que deixa o Brasil.
Interatividade
Você tem uma história de superação como a de Karolline? Conte para o Vestibular da Gazeta do Povo nos comentários abaixo.
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