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Entenda o Cálculo Preliminar do Curso (CPC)

O CPC varia de 1 a 5, e 1 e 2 são consideradas notas insuficientes. O cálculo leva em conta o desempenho dos estudantes no Enade (55%), infraestrutura (15%) e corpo docente (15% para mestres, 7,5% para doutores e 7,5% para professores com dedicação integral).

Dos 200 cursos de graduação do Brasil que estão na lista do Ministério da Educação (MEC) dos que terão de cancelar o vestibular por tirarem nota insuficiente (menos de 3) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), oito são do Paraná. Porém, desses cursos apenas um não poderá fazer vestibular em 2013 e nem realizar novas matrículas de alunos que passaram no vestibular de 2012. Os outros sete ainda têm uma chance nos próximos 60 dias.

Essa chance ocorre porque existe uma divisão de conceito entre os que foram mal: a de cursos com tendência negativa e os de tendência positiva. No primeiro caso, são cursos com desempenho ruim que não progrediram e que, portanto, não poderão fazer o processo seletivo no próximo ano. No segundo caso, tratam-se de graduações que, embora tenham nota insuficiente, apresentaram melhoras entre a penúltima e a última avaliação. Nesses casos, o cancelamento do vestibular pode ser revertido se daqui a dois meses a instituição apresentar melhorias ao MEC.

O único curso que está efetivamente cancelado é o de Tecnologia em Rede de Computadores da Faculdade de Tecnologia Iapec, em Londrina. Segundo o diretor da Iapec, Gladston Ferreira, a nota foi baixa pelo desempenho ruim dos alunos no Enade. De acordo com ele, o curso será fechado, pois a demanda por ele é muito pequena. No lugar desta graduação, serão criadas duas novas: Tecnologia em Desenvolvimento de Sistemas para Internet; e Tecnologia em Segurança do Trabalho.

Segunda chance

Dos sete cursos que terão uma nova chance para evitar o cancelamento apenas três apresentaram propostas de mudança. O de Sistemas da Informação da Faculdade Iguaçu, que fica na cidade de Capanema, apresenta, segundo o diretor Nelson Luiz Possete, o mesmo problema da Iapec, que é nota baixa na avaliação dos alunos.

Segundo ele, os estudantes que entram na instituição não têm boa formação de base – e só ingressam no ensino superior pela baixa concorrência - e isso contribui para a nota ruim no Enade. "Também temos poucos professores com mestrado e doutorado e isso baixa o CPC".

Para o coordenador do Curso de Engenharia Química da faculdade de Telêmaco Borba, Osvaldo Vieira, lá o problema é o mesmo, já que o corpo docente tem uma quantidade boa de mestres e doutores - sete e dois respectivamente - e laboratórios que recebem investimento todos os anos. "O que vamos fazer é trabalhar com os alunos para que não boicotem o Enade. Vamos dividir a responsabilidade com eles", comenta.

O único coordenador que não atribui o mau desempenho aos alunos é o do curso de Bacharelado em Sistema de Informação da Faculdade de Educação Superior do Paraná, Razer Montãno. Ele acredita que a nota baixa é resultado da falta de docentes com doutorado, que é de apenas um. "Vamos trabalhar para resolver esse problema e ir em busca de mais doutores".

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