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A Polícia Federal prendeu três pessoas envolvidas em uma tentativa de fraude no vestibular para medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Segundo a PF, dois estudantes de medicina da Universidade Federal do Ceará foram contratados para fazer as provas no lugar de candidatos inscritos com documentos falsos.

Segundo pessoas envolvidas na apuração, os candidatos a uma vaga no curso de medicina pagavam de R$ 20 mil a R$ 70 mil. Os estudantes do Ceará receberiam, além de passagens e estadia, de R$ 12 mil a R$ 15 mil.

O reitor da Universidade Federal do Tocantins, Alan Barbiero, disse que a fraude foi descoberta pela segurança da Comissão Permanente de Seleção. A irregularidade foi detectada na inscrição de Olavo Vieira de Macedo, de 31 anos, apontado como o líder do grupo.

"Acionamos o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para maior investigação e, por sugestão da própria polícia, ele foi monitorado para que se pudesse chegar ao restante do grupo", contou Barbiero.

Os fraudadores foram monitorados por cerca de três meses. Além de Olavo estão envolvidos os estudantes de medicina Anderson Carlos Brasil Vasconcelos e Lyanderson Andrade Arruda. Eles são acusados de fazer parte de uma quadrilha que já teria cometido o mesmo crime em outros estados. As prisões foram realizadas depois das realizações das provas.

A irregularidade foi descoberta durante o exame das impressões digitais, feito nas provas para o curso de medicina, um dos que apresenta maior incidência de tentativas de fraude. O exame comprovou que as pessoas que fizeram a prova não eram as mesmas que haviam feito a inscrição.

Uma pequena quantidade de cocaína foi encontrada com um deles, que deve responder também por uso de substância entorpecente ilícita. Os três estão detidos na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPA).

Segundo o procurador Victor Mariz, todos os envolvidos, inclusive os dois candidatos inscritos, devem responder pelo crime de estelionato, que prevê pena de prisão de um a cinco anos, com acréscimo de um terço pelo agravante de ser cometido contra instituição pública.

Eles também vão responder pelo crime de falsidade documental, que prevê pena de dois a seis anos.

"É importante frisar que os demais candidatos que participaram normalmente da prova não devem ter nenhum receio de anulação do vestibular", disse.Os nomes dos verdadeiros candidatos inscritos não foram revelados porque a investigação ainda prossegue.

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