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A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aplicou ontem uma prova mais curta e objetiva na primeira fase de seu vestibular 2012. A repercussão entre os candidatos foi positiva, principalmente pelo fato de a prova mais direta dar aos estudantes a sensação de autoconfiança e de terem feito um teste mais fácil.

"Prestei vestibular na Unicamp no ano passado e a prova me parecia mais difícil", disse o estudante Tiago Bodin Martins, de 19 anos, candidato a uma vaga no curso de Ciência da Computação. "Não foi uma prova mais fácil. Foi mais direta que a do ano passado", afirmou a coordenadora acadêmica da Comvest, professora Fosca Leite. "A prova teve menos texto, mas não estava nem menos difícil, nem menos contextualizada."

A contextualização em temas ligados à realidade dos candidatos, aliás, foi um dos pontos mais fortes da prova. No total, por 56.961 dos 61.508 inscritos fizeram a prova, o equivalente a uma abstenção de 7,39%. No vestibular do ano passado, esse índice foi de 6,86% na primeira fase.

Pela primeira vez, a Unicamp optou por desclassificar candidatos que fossem flagrados com aparelhos celulares durante a prova e 50 pessoas foram eliminadas do processo seletivo 2012.

Interdisciplinaridade

Pelo segundo ano consecutivo, a Unicamp exigiu de seus candidatos três textos na prova de redação. O primeiro deveria ser um comentário em um fórum de discussão na internet sobre o que leva alguém a investir na profissão de cientista. O segundo texto tinha de ser um manifesto redigido na modalidade oral formal, sobre uma escola monitorar as páginas de rede social de seus alunos. E o terceiro, sobre a chamada computação em nuvens, no qual o candidato deveria escrever um verbete para uma enciclopédia online e explicar o significado do novo sistema de armazenamento de dados.

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