O universitário Rafael Verri Tavore, 22 anos, e toda a sua turma têm nas mãos uma grande responsabilidade. Eles estão no último ano de Agronomia na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e em novembro farão o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o Enade, prova do governo federal que avalia os conhecimentos adquiridos pelos alunos dos cursos de graduação nas instituições públicas e particulares. No último Enade feito por estudantes de Agronomia, o curso da UEM obteve média 5, a maior nota na escala criada pelo Ministério da Educação (MEC). "Temos o compromisso de manter o nível de excelência do curso", afirma Tavore.
O Enade será aplicado no dia 21 de novembro, às 13 horas, a estudantes de Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e Zootecnia. Também farão o exame os alunos dos cursos superiores de Tecnologia em Agroindústria, Agronegócios, Gestão Hospitalar, Gestão Ambiental e Radiologia. A mesma prova será respondida tanto pelos alunos que estão concluindo o curso como pelos estudantes que estão terminando o primeiro ano. O objetivo é verificar a quantidade de conhecimentos que foram agregados durante a graduação.
Estudante do primeiro ano de Agronomia da UEM, Juliana Marques Voroniak, 19 anos, reconhece a importância do exame e diz que fará a prova com seriedade. "A nota mostrará que os profissionais que saem da universidade estão bem preparados para entrar no mercado de trabalho", diz. Embora os calouros também participem do exame, boa parte das questões se refere a conteúdos que eles ainda não estudaram. "Fiz praticamente toda a prova no chute. Há muitos conteúdos relacionados às disciplinas específicas do curso, ligados à área clínica, que os calouros não tiveram", explica Guilherme Luz, 22 anos, estudante do terceiro ano do curso de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Ele participou do Enade em 2007, quando estava no primeiro ano.
Presença obrigatória
Até 2008, o Enade era feito por amostragem: apenas os estudantes sorteados faziam a prova. Em 2009 o exame passou a ser realizado por todos os universitários ingressantes e concluintes dos cursos em avaliação. Segundo a presidente do Fórum de Pró-reitores de Graduação das Universidades Brasileiras (Forgrad), Isabel Cristina Auler Pereira, o Enade é um componente curricular obrigatório, embora a nota do estudante não apareça no histórico escolar. "Se o estudante não comparecer à prova, ele não recebe o diploma e é convocado para a fazer o exame no próximo ano", explica. Os locais de prova serão divulgados até 22 de outubro pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do MEC.