No total, 15.093 estudantes foram aprovados na primeira fase realizada em 13 de novembro e devem participar desta segunda etapa| Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo

A prova de Física da primeira fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi uma das mais difíceis, de acordo com a opinião dos candidatos entrevistados pela Gazeta do Povo. Essa avaliação, segundo os professores de alguns cursos de preparação para o vestibular, se deu porque nesse ano a UFPR preferiu uma prova menos conceitual e com mais cálculos.

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"Nesta primeira fase, das nove questões de Física, sete cobravam mais conhecimentos de Matemática do que de Física, o que para mim é um retrocesso", lamenta o professor de Física do Curso Positivo Euler de Freitas. Segundo o professor, a quantidade de cálculos exigida dos alunos aumenta o tempo de resolução e provoca a impressão de maior dificuldade. "Muitos alunos não conseguiram identificar isso e saíram com a sensação de ter feito uma prova mais complicada", avalia.

Para o professor do Positivo, também faltou padronização no formulário oferecido aos candidatos. "Uma mesma grandeza aparecia de formas distintas nas fórmulas. O mesmo símbolo era usado, por exemplo, para o potencial elétrico e para a diferença de potencial, o que pode confundir o aluno. A universidade deve usar o símbolo que lhe aprouver, desde que seja de uma forma padronizada", considera Euler de Freitas.

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O professor de Física João Francisco Kasecker, do Curso Decisivo, esperava uma prova de maior dificuldade conceitual. "O Enem foi mais difícil. Essa é uma tendência da prova da UFPR, é uma prova de conhecimentos gerais. A segunda fase, com certeza, será de outro nível", comenta.

Os dois professores consideram que a distribuição dos assuntos nas questões foi bem feito, contemplando os importantes ramos da Física. O professor Euler, no entanto, sentiu falta da presença de gráficos na prova e de uma padronização nas fórmulas oferecidas. "A UFPR menosprezou um tema importante para um aluno que sai do ensino médio que é a de analisar um gráfico, uma habilidade necessária para ler melhor um jornal, analisar uma pesquisa, entre outras utilidades", afirma.