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| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Reivindicações

Veja o que pedem os servidores técnico-administrativos das universidades federais, que estão parados desde o dia 15 de junho:

Pauta nacional

- Piso de 3 salários mínimos;

- Reposicionamento dos aposentados;

- Isonomia de salários e benefícios como o vale-alimentação;

Pauta local na UFPR

- Jornada de 30 horas para todos os trabalhadores;

- Paridade em todos os conselhos;

- Política de recursos humanos aprovada em Conselho Universitário que auxilie o trabalhador aproximando o técnico-administrativo de seus direitos;

- Implantação de conselhos paritários e deliberativos para debater e definir as políticas de comunicação da UFPR, incluindo as ações da Assessoria de Comunicação Social e a programação da TV da Universidade.

Reunião marcada para hoje, entre representantes de servidores, estudantes, professores e da Reitoria deve decidir se o calendário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) será prejudicado pela greve dos servidores técnico-administrativos. As aulas deveriam recomeçar na próxima segunda-feira, dia 1.º de agosto, mas as matrículas não foram feitas porque o setor responsável aderiu à paralisação no início de julho. Os servidores estão parados desde 15 de junho e entre os principais itens da pauta de reivindicação estão um piso de três salários mínimos e jornada de 30 horas.O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest), Antonio Neris de Souza, diz que é provável que o início das aulas atrase. Segundo ele, cerca de 3 mil dos 5,2 mil trabalhadores aderiram ao movimento em todo o estado. "Esperamos uma negociação durante todo o primeiro semestre e não houve diálogo, por isso uma posição mais radical", diz.

No início da paralisação foi cogitado que os docentes da universidade, que não estão em greve, fizessem as matrículas manualmente na primeira semana de aula do segundo semestre, mas a ideia não foi aceita. O presidente do Fórum de Coordenadores de Graduação, Eduardo Spinosa, enviou um ofício para a Reitoria argumentando que as atividades acadêmicas não deveriam começar sem o funcionamento de setores como laboratórios, bibliotecas, restaurantes universitários e secretarias de cursos, hoje fechados.

A Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) apoiam a paralisação dos servidores. Membro do DCE, o estudante de Psicologia Cleison de Oliveira diz que o órgão está fazendo a intermediação entre o comando de greve e os demais estudantes. Ele afirma que já é esperado que parte dos acadêmicos não concordaria com o movimento, principalmente por causa do atraso no calendário. "A greve vai afetar nosso cotidiano, mas somente com pressão somos ouvidos."

Um comunicado no site da associação diz que obrigar os docentes a fazer as matrículas é uma prática ilegal. "A APUFPR-SSind repudia tal atitude, por entender que ela expressa um movimento de interferência sobre a autonomia da categoria em greve e suas legítimas formas de reivindicação", diz o comunicado.

Em março deste ano os servidores da UFPR já haviam realizado uma paralisação que durou até o início de abril. Segundo o Sinditest, a greve segue por tempo indeterminado.

HC e UTFPR

Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) as aulas começam normalmente na próxima semana, pois a paralisação dos servidores não afetou as matrículas. Segundo Eliseu dos Santos, coordenador da seção sindical da UTFPR, cerca de 30% dos funcionários participam da greve.

O Hospital de Clínicas da UFPR está com apenas 68 funcionários parados, por isso os serviços ainda não foram afetados, o que representa menos de 2% do total. Uma das demandas dos grevistas é a reabertura de 130 leitos fechados. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, isso ocorreu porque não há concursos públicos desde 2005.

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