Se o vestiba estuda, mas não avalia o desempenho, não tem como saber se está preparado. Um ótimo termômetro, afirma o diretor do curso Positivo, Renato Ribas Vaz, é o simulado, que ajuda na revisão das matérias e também no preparo físico e psicológico. "As provas do vestibular e até as do Exame Nacional do Ensino Médio [Enem] podem ser longas, com mais de cinco horas de duração. Nos simulados, o aluno pode cronometrar esse tempo e ver como é cansativo participar das provas", diz.
Para o aluno do Dom Bosco Heron Eduardo Fabrizzi, 19 anos, que vai tentar o vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para o curso de Medicina, o simulado tem sido uma grande ferramenta para medir o resultado dos estudos. "Ajuda muito, os simulados do cursinho são mais difíceis que as provas da Federal, então é um bom treino", afirma.
Engana-se, porém, quem pensa que um simulado vai dizer se um estudante vai, ou não, ser classificado. Segundo o psicólogo Fernando Elias José, que estuda a preparação para provas, concursos e vestibulares, a função dos testes é apontar os pontos fortes e, principalmente, os fracos. "É uma oportunidade única de melhorar o autocontrole. Com os resultados em mãos, o vestibulando poderá preparar melhor os estudos: saber em que área focar, como controlar o tempo e o nervosismo", diz.
Mas preste atenção na dica de Heron: ir mal nos primeiros testes não deve ser motivo para desânimo. No primeiro simulado que fez, o estudante acertou 40 de 80 questões. No mais recente, foram 63 acertos. "Ao longo do tempo, a tendência é melhorar. Você vai assimilando mais matéria e se sai melhor. A nota baixa deve ser tomada como um sinal de que algo nos estudos está errado. Aí é só mudar a forma de estudar", conta.