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Uma cidade de 15 mil habitantes no sertão da Paraíba vive dias agitados: um beijo lésbico entre duas estudantes em uma atividade escolar foi registrado em vídeo e se espalhou rapidamente. 

O caso aconteceu na Escola Estadual José Duarte Filho, no município de Uiraúna. O objetivo da atividade era discutir a “diversidade de gênero” e marcar posição contra a liberação daquilo que vem sendo chamado de “cura gay”. 

Enquanto cerca de 15 estudantes dão as mãos em um semicírculo, outro aluno comanda o ato. “Eu sou a cura. Nós somos a cura. Somos muito mais do que isso”, diz ele. Duas adolescentes ficam ao centro do palco, com a bandeira do arco-íris nas mãos. Ao fim da apresentação, elas se beijam. Os adolescentes filmados estão no 1º ano do ensino médio.

A repercussão das imagens, gravadas na última sexta-feira, ultrapassou os limites da cidade. Carlos Bolsonaro (PSC) vereador no Rio de Janeiro e filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pediu intervenção do Ministério Público.

Justificativa

Em nota, a escola afirma não ter a intenção de expor ou incentivar entre os alunos a prática homossexual, mas sim “promover o respeito a todas as pessoas independente do sexo, raça ou religião para que a sociedade possa promover o respeito e a equidade de direitos”.

A instituição alegou ainda que o beijo foi espontâneo, sem o consentimento da professora e da direção da escola. “A aluna foi advertida pelo referido ocorrido, no entanto a escola permanece alheia ao posicionamento da família, pois não consideramos a intervenção do Conselho Tutelar como a presença dos pais ou responsáveis”, justifica a escola. 

São necessárias 20 mil assinaturas para que o tema seja debatido no Senado. Professor critica a ideia, mas Escola Sem Partido dá apoio à iniciativa. #EDUCAÇÃO

Publicado por Gazeta do Povo em Quinta-feira, 21 de setembro de 2017
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