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Como você vê as iniciativas de governo e escolas no combate ao bullying?

Sabemos que os governos têm tentado intervir criando leis que enquadram o bullying como ato criminoso ou criando campanhas antibullying por meio de cartilhas, cartazes, disque denúncia. Mas o bullying é um problema decorrente da ausência de valores morais atrelados à personalidade dos envolvidos e para superar tal problema é preciso formar cidadãos que aspirem a uma personalidade ética.

Qual seria a melhor forma de encarar o problema?

Formar valores depende de um trabalho sistemático e preventivo. É preciso envolver as crianças nas decisões, nas escolhas e no planejamento, pois valores não são transmitidos, são construídos e vividos na experiência dos conflitos cotidianos em que se pode pensar sobre os problemas que se tem.

Como as escolas e os pais devem agir?

O que podemos fazer é aplicar sanções por reciprocidade. Pesquisas realizadas na área de Psicologia Moral comprovam que o autor de bullying é um sujeito que também precisa de ajuda, pois carece do que chamamos de sensibilidade moral, ou seja, não enxerga no outro um sujeito digno de respeito e por isso não consegue se sensibilizar com a dor alheia. É preciso encorajá-los a pedir desculpas e incentivá-los a reparar o mal causado ao outro para que possam refletir sobre o que fizeram.

Serviço:

Luciene Tognetta ministrará a palestra "Como lidar com o bullying" no Encontro Internacional de Educação Salamundo, que ocorre em Curitiba nos dias 6 e 7 de agosto. Inscrições e mais informações sobre o evento em www.salamundo.com.br.

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