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No Roda Viva, Covas e Boulos respondem sobre temas polêmicos de campanha
| Foto: Reprodução/TV Cultura

Os dois candidatos à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol), tiveram que se explicar sobre temas polêmicos das suas campanhas durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite da segunda-feira (23).

Candidato à reeleição, Covas foi cobrado pela promessa de criar uma "Lava Jato municipal", incorporada pelo tucano após apoio da candidata Joice Hasselmann (PSL), e pelo suposto envolvimento do seu vice, Ricardo Nunes (MDB), com irregularidades em creches conveniadas.

Ao responder a respeito da "Lava Jato municipal", Covas disse que ainda está estudando formas de criar uma estrutura autônoma, mas que não concorra com os órgãos investigativos já existentes, como a Controladoria Geral do Município São Paulo (CGM), o Tribunal de Contas do Município de São Paulo e a própria Câmara Municipal.

"Meu compromisso é com tudo transparente. Por isso a gente não disse qual vai ser a estrutura, de que forma vai ser organizada. Estamos levantando juridicamente como é possível realizar isso", afirmou o prefeito.

Já quando questionado se Ricardo Nunes é o vice de seus sonhos, Covas disse que preferia uma mulher para compor a chapa. "Mas também tive que escolher um vice que representasse a frente que nós montamos no primeiro turno e aí acabei escolhendo o nome do Ricardo Nunes", justificou o prefeito.

O tucano precisou responder a outras polêmicas envolvendo o vice. A respeito da acusação de violência doméstica, ameaça e injúria pela esposa, em 2011, Covas respondeu que foi um "desentendimento" e não há nenhuma denúncia de "agressão" envolvendo o vereador.

O suposto envolvimento do vice em irregularidades em contratos com creches conveniadas da prefeitura também causou desconforto ao prefeito, que reforçou não haver nenhum processo judicial sobre beneficiamento envolvendo o vereador.

Boulos afirma que "se expressou mal" ao falar da Previdência

O candidato do Psol, Guilherme Boulos, foi questionado sobre a declaração que deu ao jornal O Estado de S. Paulo, de que era preciso contratar mais funcionários públicos para equilibrar a Previdência municipal, e sobre como vai manter a governabilidade. Ele disse que se "expressou mal" na ocasião e que a frase foi tirada de contexto.

Sobre possíveis dificuldades em se governar sem maioria na Câmara Municipal, caso eleito, Boulos disse que pretende construir uma relação "institucional" e de "diálogo" com o Legislativo. "O que eu não topo é toma lá dá cá", afirmou o candidato, que propôs uma escolha de subprefeitos a partir de sugestões de lideranças locais de cada bairro.

Durante o programa, Boulos ainda negou a pecha de radical. "Eu luto há 20 anos para que as pessoas tenham um teto, para que elas tenham dignidade básica para poder viver. Isso é radicalismo?", questionou.

Ações de combate ao racismo

Os dois candidatos à Prefeitura de São Paulo foram cobrados por ações de combate ao racismo em uma eventual gestão. Covas disse que já está estudando possibilidade de cassar alvarás de empresas que cometam a prática de racismo em São Paulo.

O candidato do Psol, Guilherme Boulos, prometeu recriar a secretaria de Igualdade Racial e dar protagonismo a pessoas negras no secretariado e em cargos importantes da Prefeitura.

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