O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD).| Foto: Michel Willian/ Arquivo/ Gazeta do Povo
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Administrador de empresas, com 35 anos de idade, o vice-prefeito reeleito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slaviero é um claro representante da renovação da política paranaense. Jovem, mas de família tradicional no cenário político do estado: é neto do ex-governador Paulo Pimentel e irmão do atual presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Daniel Pìmentel Slaviero, Eduardo é um quadro cobiçado pelos partidos do estado, visando eleições futuras.

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Formado em administração de empresas pela Universidade Positivo, com especialização em cidades inteligentes, pela Fundação Getúlio Vargas, Pimentel entrou para a política há 10 anos, quando se filiou ao PSDB e foi candidato a deputado estadual. Não foi eleito, mas foi nomeado pelo então governador Beto Richa para a diretoria da Central de Abastecimento do Paraná S.A. (Ceasa).

Seguiu no governo do Estado até 16, quando foi indicado pelo PSDB como candidato a vice-prefeito na chapa de Rafael Greca, então candidato pelo PMN. Eleito, assumiu, também, a Secretaria Municipal de Obras Públicas, pasta que comandou por dois anos, até abrir mão do cargo para permitir que seu irmão Daniel, assumisse a presidência da Copel, por conta da incompatibilidade prevista na legislação.

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Neste ano, Pimentel fez uma movimentação decisiva para seu futuro político e importante para a vitória de sua chapa com Rafael Greca no primeiro turno. Trocou o PSDB pelo PSD do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Com essa troca de partido, o vice-prefeito acabou garantindo o apoio do governador a Greca e tirou da disputa Ney Leprevost (PSD), que aparecia como principal adversário do prefeito no período pré-campanha.

“Foi uma tacada arriscada. Fiz o movimento sem nenhum acerto prévio. O governador foi muito ético. Deixou muito claro, tanto para mim quanto para o deputado Ney Leprevost, que ele não interferiria nas nossas movimentações, não determinaria nenhuma situação antecipadamente e que as construções da aliança ou da candidatura própria dependeriam do quadro político no momento certo e das articulações até lá”, disse em entrevista à Gazeta do Povo. “Com muito respeito ao Ney e sabendo do risco que eu corria de não ser candidato a vice caso se viabilizasse a candidatura dele, eu vim trabalhando, mostrando a tese de que para Curitiba era bom a paz política, que a pandemia mostrou que a boa relação entre estado e prefeitura foi fundamental para o enfrentamento da pandemia. Fui mostrando que o melhor caminho era manter essa parceria. No final, o governador fez o pedido ao deputado Ney, que teve uma sensibilidade muito grande em aceitar o pedido e está sendo um ótimo secretário”, concluiu.

Sobre a herança política que carrega do avô, o vice-prefeito reeleito disse encarar com tranquilidade. “Tenho carinho e respeito tremendo ao fato de ser neto de Paulo Pimentel, que foi um grande governador, que deixou legado importante para o estado. Isso me alegra e me dá grande responsabilidade. Mas, independentemente de ser neto de Paulo Pimentel, eu sou Eduardo Pimentel e estou construindo a minha própria história. Sou formado, pós-graduado, fiz especialização em cidades inteligentes na Fundação Getúlio Vargas, fui secretário de obras, fui diretor da Ceasa do Paraná, vice-prefeito por quatro anos. Estou me preparando e construindo minha história. Estou animado, acredito na boa política e acredito que Curitiba precisa de boas pessoas no comando: o prefeito Rafael Greca agora e outras pessoas que estejam comprometidas com a cidade no futuro. E eu estou comprometido com a cidade”.

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