Zé Boni é o candidato do Partido Trabalhista Cristão (PTC) à prefeitura de Curitiba. Aos 43 anos, já foi vereador em Santa Cruz de Monte Castelo, em 1996, e superintendente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), de 2011 a 2016. Ele diz que abriu mão do fundo eleitoral e que, se eleito, não sairá candidato à reeleição.
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Por que o senhor se considera a melhor opção para a prefeitura de Curitiba e qual diria que é o diferencial do seu projeto em relação aos dos demais candidatos?
Eu sou administrador, gestor e contador. No auge dos meus 43 anos percorri todos os bairros e as vilas de Curitiba, ouvindo pessoas de todas as classes e idades. Ao longo dessas visitas, feitas nos últimos dois anos, levantamos 1.500 páginas de demandas da população. Aí Deus começou a abençoar, mandar os técnicos voluntários, pessoas capacitadas, e juntos montamos o melhor plano de governo da história de Curitiba. Eu não teria condições de pagar essas pessoas, porque abri mão do fundo partidário. Essas pesquisas eleitorais que dizem que o prefeito vai se eleger no primeiro turno, muitas delas diziam que eu ia fazer apenas 5 mil votos para senador em 2018, e eu fiz quase 300 mil votos. Por isso que eu não estou preocupado com as pesquisas me colocando lá embaixo, porque eu tenho convicção de que eu vou para o segundo turno.
O senhor é um dos quatro candidatos sem tempo de propaganda gratuita na televisão e no rádio. No entanto, na contramão de outros concorrentes com pouco ou nenhum tempo, que aproveitam cada oportunidade de aparecem na mídia, o senhor rejeitou alguns convites para entrevistas e não participou, por exemplo, dos debates informais em praças da cidade. Por que o senhor adota essa estratégia e como espera atingir seus eleitores?
Não tenho tempo de TV nem de rádio porque o partido não atingiu o coeficiente partidário e essa forma de divisão é injusta, tem que ter uma reforma política. A Gazeta do Povo sempre abriu o espaço democrático para mim e eu também fui ao debate na Band. Agora, eu não tenho nada contra os outros candidatos que participaram dos debates na rua, mas enquanto eles estavam lá, eu estava visitando as casas das pessoas. É assim que eu quero ser prefeito. As pessoas têm reclamado muito que a gestão de Curitiba está longe da população. Eu acho que consegui deixar a minha mensagem para as pessoas, dentro da casa delas. Eu acho que eu não perdi muito por não estar no rádio e na TV, pois trabalhei muito nesse tempo.
Recentemente, o município passou por uma reforma administrativa, extinguindo algumas secretarias e fazendo a fusão de outras, resultando em apenas 13 pastas. Em seu plano de governo o senhor defende mais uma reforma administrativa, com uma nova redução do número de secretarias, sem especificar quais. Por outro lado, propõe a criação de uma “Secretaria Municipal Cristã”. Quais pastas o senhor pretende extinguir e por quê?
Eu não sei ainda as secretarias que vamos unir. Vamos buscar uma reforma administrativa assim que nós assumirmos a prefeitura – não poderemos estudar isso durante a transição porque o tempo é curto, por conta da pandemia de coronavírus que atrasou as eleições. Mas nós vamos cortar privilégios. A canetada que eu pretendo dar já no dia 2 de janeiro é para cortar 50% dos cargos em comissão, e quero chegar a uma redução de 70% em três anos. Quero acabar com esses cabides de empregos e pretendo colocar somente pessoas técnicas nos cargos que restarem, sem apadrinhados políticos.
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