Urnas eletrônicas utilizadas nas eleições municipais| Foto: Douglas Magno/AFP
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A manhã do primeiro turno das eleições, neste domingo (15), foi marcada por instabilidades, ocorrências policiais e número significativo de pessoas que justificaram o voto pelo aplicativo e-Título. Pelo menos 400 mil brasileiros justificaram logo nas primeiras horas de votação e, em decorrência do alto número de acessos, o app sofre instabilidades. No primeiro turno das eleições de 2016, 7 milhões de pessoas justificaram o voto.

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Até o fim da manhã, não havia informações sobre o número de pessoas que foram às urnas para escolher os prefeitos e vereadores das mais de 5 mil cidades do país. Espera-se que 148 milhões de brasileiros votem neste domingo. Mais de 900 urnas tiveram de ser substituídas até o meio-dia.

Eleitores acima de 60 anos e pessoas pertencentes ao grupo de risco na pandemia tiveram preferência de votação até as 10h deste domingo. O mesmo deve ocorrer no segundo turno. TSE prevê divulgar resultado em até 5 horas após votação de hoje.

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Ocorrências

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), até 12 horas, pelo menos 418 diferentes ocorrências foram registradas. Entre os candidatos, 13 foram detidos ou conduzidos à delegacia. A pasta também divulgou que das 0h deste domingo até o fim da manhã, foram registradas, contra candidatos, ao menos seis ameaças, quatro tentativas de homicídio e duas lesões corporais.

A polícia registrou ainda 31 casos de compra de votos, 17 ocorrências de boca de urna, oito casos de fake news e três ocorrências de transporte ilegal de eleitores.

Personalidades que votaram de manhã e o que disseram

O presidente Jair Bolsonaro viajou de Brasília ao Rio de Janeiro no começo da manhã. O local onde ele vota, a Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, contou com um reforço do esquema de segurança, que incluiu revista de bolsas e detecção de metal, além do gradeamento em todo o entorno da instituição. Acompanhado de seu gabinete de segurança institucional, com forças do exército e da Polícia Militar, Bolsonaro levou apenas 10 minutos para votar. Alguns apoiadores do presidente estiveram no local e tiraram fotos com ele, mas não houve aglomerações. O presidente não fez declarações à imprensa.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer também votaram pela manhã – Temer em São Paulo e Lula em São Bernardo do Campo. Ambos compareceram em suas seções eleitorais antes das 10h, dentro do horário recomendado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pessoas acima de 60 anos e que fazem parte do grupo de risco para Covid-19. Após votar, o petista tirou selfies com mesários e disse acreditar que o PT “sairá fortalecido” da eleição, mesmo “após muita gente apostar no fim” do partido.

Depois de votar, Temer disse a repórteres que estavam no local que o país vive um momento importante que será demonstrado nas urnas. “Todo mundo está querendo votar. Exercício da cidadania. O povo escolhe”, disse, segundo o G1.

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Luciano Huck, personalidade que têm se destacado no cenário político brasileiro como uma possível opção de centro para a eleição presidencial de 2022, votou na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele não disse se pretende se candidatar daqui a dois anos, mas comentou sobre a importância das eleições municipais. “As transformações de que a gente de fato precisa começam nas cidades. Esta eleição é superimportante, não sob o ponto de vista do rearranjo político, mas sob o ponto de vista das transformações necessárias que a gente precisa”, afirmou.

O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro votou no fim da manhã em Curitiba e, assim como Huck, evitou comentar sobre seu futuro político. “Não é uma questão para hoje”, disse. Moro foi abordado por diversos apoiadores no clube Duque de Caxias e na ocasião disse a jornalistas que a pandemia mostrou como é importante ter bons gestores.

"Nós vimos nessa pandemia como foi importante você ter bons gestores para tentar diminuir a disseminação da pandemia e igualmente buscar depois a recuperação da pandemia. Então, é momento que as pessoas devem estar atentas para buscar pessoas corretas, íntegras, acho que é pressuposto, e depois fazer as escolhas pelas propostas, projetos", disse o ex-aliado de Bolsonaro. Alguns candidatos a prefeito das principais capitais do país também já votaram. Marcelo Crivella (Republicanos) e Eduardo Paes (DEM), no Rio de Janeiro; Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo; Fernando Francischini (PSL) e Rafael Greca (DEM) em Curitiba; Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre; Bruno Reis (DEM) e Major Denice (PT) em Salvador; João Vitor Xavier (Cidadania) em Belo Horizonte.