O resultado das eleições nas cidades com mais de 200 mil eleitores reforçou uma tendência do pleito deste ano: partidos tradicionais e de centro foram eleitos em primeiro turno ou foram para o segundo em boa parte delas. E os partidos de esquerda ficaram vivos em parte das disputas de segundo turno.
Das 95 cidades com mais de 200 mil eleitores no país, 37 terminaram a disputa ainda no primeiro turno. O PSDB venceu a eleição em nove delas, seguido de MDB (6), DEM (5), PSD (5), PP (4) e PL (2). Cidadania, PDT, Podemos, PSB, PSC e Solidariedade elegeram um prefeito cada. Os demais partidos não elegeram prefeitos em primeiro turno, caso do PT, PCdoB e do PSL, por exemplo.
O caso do PSL é significativo, já que o partido foi um dos que mais cresceu em número de candidatos de 2016 para cá e também tem a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados. A legenda, porém, enfrenta rupturas internas que podem ter prejudicado seu desempenho.
Nos municípios com mais de 200 mil eleitores que são capitais e que tiveram a eleição encerrada no primeiro turno, a predominância foi dos partidos tradicionais que estão no centro do espectro político, ou perto dele. O DEM, de centro-direita, fez três capitais: Curitiba com Rafael Greca; Florianópolis com Gean Loureiro; e Salvador com Bruno Reis.
Os dois primeiros casos são de prefeitos reeleitos. Reis é o atual vice do prefeito ACM Neto e agora vai assumir a cadeira principal. O PSD ficou com Campina Grande (Marquinhos Trad) e Belo Horizonte (Kalil), e o PSDB com Natal, onde Álvaro Costa Dias foi reeleito.
Segundo turno mais polarizado
O cenário é mais polarizado nas 57 cidades com mais de 200 mil eleitores que vão para o segundo turno. O PSDB e o PT são as siglas que mais levaram candidatos para a próxima fase da eleição. Os tucanos têm 16 representantes e os petistas, 15.
Depois, aparecem os partidos de centro: MBD com 12 postulantes a prefeito; o Podemos, com 9; e DEM e PSD, com 8. Entre os partidos de esquerda, além do PT, outro destaque foi o PSB, com 8 candidatos.
Macapá, capital do Amapá, tem mais de 200 mil eleitores, porém não teve eleições no domingo devido à falta de segurança pública. Foi o único município brasileiro em que as eleições foram adiadas. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) da região propôs que o primeiro turno seja em 13 de dezembro e o segundo turno, se houver, em 27 de dezembro. As datas ainda precisam ser confirmadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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