Candidatos a presidente se manifestaram sobre o 7 de Setembro: Simone Tebet (MDB), Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT)| Foto: Divulgação/Band; EFE/Fernando Bizerra; EFE/ Joédson Alves
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Ao longo deste feriado de 7 de setembro, os candidatos a presidente se manifestaram sobre as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil e os atos convocados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que ocorreram em várias partes do país nesta quarta-feira.

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Pelas redes sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou Bolsonaro pelo uso da data em que se celebra a Independência do Brasil como forma eleitoreira. Na publicação, o petista defendeu ainda que os brasileiros reconquistem "a bandeira e a democracia".

"200 anos de independência hoje. 7 de setembro deveria ser um dia de amor e união pelo Brasil. Infelizmente, não é o que acontece hoje. Tenho fé que o Brasil irá reconquistar sua bandeira, soberania e democracia", afirmou Lula.

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Em outra publicação, a campanha do PT fez um post reforçando a imagem de patriota. "Ser patriota é cuidar de todos os brasileiros, em especial daqueles que mais precisam". E completou dizendo: "Por isso, Lula combateu a fome, defendeu a democracia, valorizou o nosso passaporte e fez muito mais!", disse.

Aliada de Lula, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), aproveitou para criticar o discurso de Bolsonaro em Brasília. "Apequenou o 7 de setembro. Usou um palanque para se auto elogiar e atacar Lula. Desprezível, quis se colocar acima do país", disse a petista.

No final da tarde, PT, PV e Rede, partidos que apoiam Lula, informaram que vão ajuizar uma ação contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados da oposição acusam o presidente de abuso de poder econômico e político.

"Bolsonaro fez uso indiscutível de um evento oficial para discursar como candidato. Há abuso de poder econômico e político acachapante, com o uso de recursos públicos, de uma grande estrutura pública, para fazer campanha. Os discursos desse comício escancarado foram transmitidos ao vivo para toda a nação, inclusive por meio da TV Brasil, uma TV estatal", afirmam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin Martins, que representam os partidos que apoiam Lula.

Tebet e Soraya classificam fala de Bolsonaro em Brasília como machista

Após o discurso de Bolsonaro em Brasília, a senadora Simone Tebet, candidata à Presidência pelo MDB, criticou a fala do presidente. Bolsonaro conclamou os apoiadores a compararem as primeiras-damas, fazendo menção a Michelle Bolsonaro e à mulher de Lula, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja. Ele ainda usou o palanque para dizer que é "imbrochável".

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No Twitter, Tebet afirmou que "o presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil." A candidata do MDB disse que "como brasileira e mulher" se sentia "envergonhada e desrespeitada".

Já a senadora Soraya Thronicke, candidata ao Planalto pelo União Brasil, afirmou que Bolsonaro "insiste em propagar que é imbrochável - informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro". "O que o Brasil precisa, mesmo, é de um presidente incorruptível. Bolsonaro prima pela desqualificação", completou a candidata.

Assim como o PT, o partido de Thronicke pretende ajuizar uma ação na Justiça Eleitoral contra Bolsonaro. O objetivo do União Brasil é impedir que o presidente use as imagens captadas nas manifestações na propaganda eleitoral.

Ciro Gomes e Felipe D'Avila comemoram data do 7 de setembro

Na contramão dos adversários, o candidato Ciro Gomes (PDT) adotou um tom institucional e usou as redes sociais para comemorar a data do bicentenário da Independência. "Viva o 7 de Setembro! E que Deus nos abençoe para que nada nem ninguém sejam capazes de roubar a nossa paz e a nossa liberdade — neste dia ou em qualquer momento da nossa história. Vamos em frente, com a mais profunda esperança de que encontraremos, juntos, um novo caminho", escreveu o pedetista.

Depois do discurso de Bolsonaro no Rio de Janeiro, o pedetista se disse "aliviado", pois temia que os atos fossem marcados por "violência". "Não aconteceu aquilo que a gente mais temia, que fosse descambar para a violência, que inocentes fossem mortos ou inocentes fossem feridos por essa atitude absolutamente irresponsável que o chefe da nação tem tomado ante a conivência de certos setores militares também", disse Gomes.

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Na mesma linha, o candidato pelo partido Novo, o empresário Felipe D'Avila afirmou que a data deve ser celebrada pelos brasileiros. "Hoje, comemoramos 200 anos de Independência. Esta é uma data emblemática e que pertence a todos nós. Falar de Independência, aliás, é falar de liberdade. E o que queremos para nosso país é que cada cidadão possa exercerdes sua Liberdade com responsabilidade", afirmou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]