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O ex-presidente Lula lançou uma carta com propostas para um eventual novo governo.| Foto: Ricardo Stuckert/PT.

A três dias das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quinta-feira (27) a "Carta para o Brasil do amanhã", em que se compromete a combinar responsabilidade fiscal e social, caso eleito. "É possível combinar responsabilidade fiscal, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável – e é isso que vamos fazer, seguindo as tendências das principais economias do mundo", diz um trecho do documento.

"A política fiscal responsável deve seguir regras claras e realistas, com compromissos plurianuais, compatíveis com o enfrentamento da emergência social que vivemos e com a necessidade de reativar o investimento público e privado para arrancar o país da estagnação”, afirmou Lula na carta.

O documento apresenta 13 pontos que serão prioritários, se o ex-presidente voltar ao Planalto. Na carta, o petista centraliza as principais promessas feitas durante a campanha eleitoral. Lula se compromete com a reindustrialização do Brasil, reforçando investimentos e obras, com o fortalecimento da educação, da saúde e da segurança pública.

Compromisso para a economia

A divulgação do documento coincide com as cobranças para que Lula apresente mais detalhes sobre seu plano econômico, caso seja eleito. Além de abordar a responsabilidade fiscal, o ex-presidente Lula afirmou que irá ouvir os 27 governadores para determinar um “planejamento para retomar obras paradas e definir obras prioritárias”.

Para conter o desemprego e “a precarização do mundo do trabalho”, o candidato propõe um debate entre governo, empresários e trabalhadores para “construir uma Nova Legislação Trabalhista que assegure direitos mínimos – tanto trabalhistas como previdenciários – e salários dignos, assegurando a competitividade e os investimentos das empresas”.

A carta cita ainda a criação do “Empreende Brasil”, programa voltado para conceder crédito a juros baixos para micro, pequenas e médias empresas. Lula afirmou que pretende implementar um “salário-mínimo forte, com crescimento todo ano acima da inflação” e um “Novo Bolsa Família, que garantirá R$ 600,00 como valor permanente mais R$ 150,00 para cada criança de até 6 anos de idade”.

Na carta ao mercado, Lula fala em criar um programa para renegociar as dívidas de famílias que estão inadimplentes, oferecendo grandes descontos e juros baixos, o “Desenrola Brasil”. Ele também voltou a dizer que irá implementar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Focando no agronegócio e no meio-ambiente, Lula propõe “compatibilizar a produção com a preservação de recursos naturais” e reduzir as taxas de juros do Plano Safra, no Pronamp e no Pronaf “para produtores comprometidos com critérios ambientais e sociais”. Ele também se compromete a “retomar obras paradas e estruturar um Novo PAC, para reativar a construção civil e a engenharia pesada”.

"A reconstrução do Brasil exige uma gestão pública competente, responsável, aberta ao diálogo e com a mais ampla participação da sociedade. Exige uma gestão da economia com credibilidade, responsabilidade e previsibilidade", diz o documento.

Desenvolvimento Social

O ex-presidente afirmou que pretende promover mutirões emergenciais em todo o país para zerar as filas de consultas, exames e cirurgias que não foram realizados na pandemia. Esta é uma das propostas da senadora Simone Tebet (MDB-MS) que foi incorporada por Lula em sua carta de compromisso.

O petista se comprometeu em recriar o Ministério da Segurança Pública “para implementar o Sistema Único de Segurança Pública, com polícias bem equipadas, treinadas e remuneradas”. Além da criação do Ministério dos Povos Originários e a recriação das pastas da Cultura, da Mulher e da Igualdade Racial.

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