Um total de 32.162.183 de eleitores, o que corresponde a 20,6% dos aptos a votar, não compareceram às urnas no segundo turno das eleições presidenciais, realizado neste domingo (30). O percentual é menor do que o registrado no segundo turno de 2018, quando a abstenção foi de 21,30% - porém, é maior em números absolutos. A abstenção há quatro anos havia sido de 31,37 milhões de eleitores. Os números de 2022 são referentes à apuração de 99,94% das urnas.
Já o número de eleitores que optaram pelo voto nulo foi 3.928.203, o que equivale a 3,16% dos votos depositados neste domingo, e em branco foi de 1.768.462, que são 1,43%. No total, o "não-voto" em 2022 foi a opção de 37.858.848 eleitores. Em 2018, foram 7,43% de votos nulos e 2,14% de votos brancos.
A abstenção menor do que a de 2018 satisfez as expectativas das duas candidaturas presidenciais, a do vitorioso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a do derrotado Jair Bolsonaro (PL). Ao longo das semanas que antecederam o dia 30, as duas campanhas se mobilizaram para tentar levar o eleitor às salas de votação e buscar reverter uma tendência de crescimento na abstenção – que tradicionalmente ocorre no segundo turno.
Do lado de Lula, a preocupação com a abstenção se justificava pelo fato de que o quadro teoricamente se dá principalmente com o eleitorado mais pobre, que majoritariamente opta pelo petista. Já entre apoiadores de Bolsonaro o temor se dava em torno da população idosa, que sinalizou apoio ao atual presidente ao longo do primeiro turno.
Havia ainda a preocupação, presente nas duas candidaturas, de que o fato de algumas eleições estaduais terem sido decididas ainda em primeiro turno poderia levar à desmobilização dos militantes. Esse foi o caso de estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com governadores que defendem Bolsonaro, e também no Ceará e Pará, cujos governadores eleitos apoiaram Lula no segundo turno.
Como foram os nulos, brancos e a abstenção no 2.º turno de outras eleições
Veja abaixo os números dos votos brancos, nulos e das abstenções em todos os segundos turnos das eleições presidenciais desde a redemocratização do Brasil (observação: as eleições presidenciais de 1994 e 1998 foram decididas em primeiro turno).
2018
Brancos: 2,48 milhões (2,14%)
Nulos: 8,6 milhões (7,43%)
Abstenções: 31,37 milhões (21,30%)
Total: 30,87%
2014
Brancos: 1,92 milhão (1,71%)
Nulos: 5,21 milhões (4,63%)
Abstenções: 30,13 milhões (21,10%)
Total: 27,44%
2010
Brancos: 2,45 milhões (2,30%)
Nulos: 4,68 milhões (4,40%)
Abstenções: 29,19 milhões (21,50%)
Total: 28,20%
2006
Brancos: 1,35 milhão (1,33%)
Nulos: 4,80 milhões (4,71%)
Abstenções: 23,91 milhões (18,99)
Total: 25,03%
2002
Brancos: 1,72 milhão (1,88%)
Nulos: 3,77 milhões (4,11%)
Abstenções: 23,58 milhões (20,47%)
Total: 26,46%
1989
Brancos: 986,4 mil (1,40%)
Nulos: 3,10 milhões (4,42%)
Abstenções: 11,81 milhões (14,39%)
Total: 20,21%
Banco do PCC movimentou R$ 8 bilhões para financiar políticos e crime organizado
Bolsonaro se lança candidato e põe Michelle na disputa de 2026; assista ao Sem Rodeios
Venezuela acusa Brasil de “ingerência e grosseria” e convoca seu embaixador em Brasília
Moraes nega adiamento de audiência de réu do 8/1 com quadro psiquiátrico grave
De político estudantil a prefeito: Sebastião Melo é pré-candidato à reeleição em Porto Alegre
De passagem por SC, Bolsonaro dá “bênção” a pré-candidatos e se encontra com evangélicos
Pesquisa aponta que 47% dos eleitores preferem candidato que não seja apoiado por Lula ou Bolsonaro
Confira as principais datas das eleições 2024
Deixe sua opinião