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O presidente do TSE, Edson Fachin
O presidente do TSE, Edson Fachin| Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, afirmou nesta terça-feira (17) que ameaças e agressões a autoridades eleitorais ocorridas recentemente nos Estados Unidos, México e Peru são exemplos externos que servem de “alerta” para o Brasil, pela “possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional”.

“O que a rigor, infelizmente, já ocorreu”, completou depois o ministro. Em seguida, falou de “conturbações” e “discórdias” ocasionadas, segundo ele, pela contagem manual de votos impressos no Equador, Peru e EUA.

“Vários dias, por vezes semanas, se passavam sem que pudesse ser divulgado o resultado definitivo, encorajando pedidos de recontagem e recursos judiciais de todos os lados, quando não o conflito puro e aberto. A ninguém interessa reprisar essa realidade no nosso país, cuja experiência de 25 anos com a urna eletrônica permitiu a superação dessas inquietudes”, disse.

Desde o ano passado, antes e após a rejeição do voto impresso pelo Congresso, o TSE busca reforçar a confiança nas urnas eletrônicas, criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que apontam risco de fraudes, possibilidade sempre rechaçada pelo tribunal.

Fachin falou na manhã desta terça durante a abertura de uma palestra do professor argentino Daniel Zovatto, diretor regional para América Latina e Caribe do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (IDEA Internacional), entidade sediada em Estocolmo e uma das organizações internacionais convidadas para observar as eleições em outubro. Ele foi chamado para falar no TSE sobre os desafios das autoridades eleitorais no continente sul-americano, incluindo o Brasil.

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