Lula comparou atos pró-Bolsonaro no 7 de setembro a reunião do grupo supremacista branco Ku Klux Klan durante comício em Nova Iguaçu (RJ)| Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
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A coordenação jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) remova das redes sociais vídeos em que o petista compara os atos de 7 de setembro pró-Bolsonaro com uma reunião da Ku Klux Klan (KKK). A declaração de Lula foi feita durante comício em Nova Iguaçu (RJ), na quinta-feira (8).

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O KKK é um grupo supremacista branco que perseguiu e matou milhares de negros nos Estados Unidos entre 1870 e 1920. Lula disse: “Foi uma coisa muito engraçada o ato do Bolsonaro. Parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, trabalhador. O artista principal era o velho da Havan, que aparecia como se fosse o Louro José da campanha do Bolsonaro”.

A defesa de Bolsoanro alega que Lula extrapolou o "palco da crítica política" ao comparar "um evento cívico-democrático, em que se comemorava, ordeiramente, o Bicentenário da Independência do Brasil, a uma reunião de um dos movimentos mais reprováveis da história da humanidade que, sob ideais reacionários e extremistas, defendeu ideologias como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração.”

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"A odiosa ofensa perpetrada por Lula, portanto, dirige-se não apenas ao candidato opositor, o que já seria indesculpável, mas aos milhões de brasileiros que se dirigiram com suas famílias ao evento para celebrar o amor à pátria. Segundo Lula, os brasileiros orgulhosos do seu país, presentes ao evento, 'não eram trabalhadores', mas sim algo próximo de vagabundos e racistas", afirmam os advogados de Bolsonaro na representação.

“A liberdade de expressão não pode e não deve servir de escudo jurídico para a prática de condutas ilícitas, como no caso concreto, ao imputar claramente comportamento criminoso ao Presidente da República, verdadeiro discurso de ódio”, argumentou ainda a defesa, solicitando que seja reconhecida a prática de ilícito.