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Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro vou pela manhã no Rio de janeiro e demonstrou confiança. Mas abertura das urnas frustrou o candidato à reeleição| Foto: Bruna Prado/EFE

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus principais coordenadores eleitorais adotaram o silêncio o após a derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Diferentemente de todas as eleições anteriores desde a implementação das urnas eletrônicas, em 1996, ele é o primeiro candidato a presidente a não reconhecer a derrota após o resultado e muito menos parabenizar o adversário.

O candidato à reeleição e seu núcleo político e eleitoral ainda assimilam a derrota. Segundo interlocutores da campanha, não há perspectivas de que Bolsonaro faça algum pronunciamento à imprensa ou mesmo nas redes sociais ainda neste domingo (30).

Após a derrota, Bolsonaro e apenas alguns auxiliares mais próximos estão reunidos em Brasília, em análises sobre o resultado das eleições. O resultado surpreendeu o presidente e sua campanha. Havia um clima de otimismo e expectativa de vitória até este domingo. "Haja coração! Na nossa projeção vamos ganhar com 50,09%", escreveu o ministro da casa Civil, Ciro Nogueira, por volta das 16 horas.

A expectativa era de mitigar o crescimento de Lula no Nordeste, ampliar a base eleitoral em São Paulo e Rio de Janeiro, e virar em Minas Gerais. Em São Paulo, a intenção da campanha de Bolsonaro era obter no mínimo 4 milhões de votos a mais que Lula no segundo turno. Em Minas Gerais, coordenadores eleitorais davam como certa a virada sobre o petista. Mas nenhum dos resultados se concretizou neste domingo.

Alguns poucos aliados do presidente se manifestaram de forma tímida nas redes sociais. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, um dos coordenadores da campanha à reeleição, tuitou a seguinte frase acompanhado de uma foto dele com Bolsonaro: "você resgatou o nosso orgulho de ser brasileiro. Obrigado, Jair".

A ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) escreveu: "Perdemos uma eleição, mas não perdemos o amor pelo nosso país. Bolsonaro deixará a Presidência da República em janeiro de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido e amado por milhões de brasileiros".

O que disseram membros da campanha antes do resultado do segundo turno

Nas primeiras horas deste domingo, o clima era de confiança entre a campanha. Antes do início da votação, Ciro Nogueira, integrante da campanha, usou o Twitter para dizer que "o futuro está vencendo o atraso". Ele também provocou adversários e sugeriu que estavam em "pânico".

O presidente Jair Bolsonaro votou pela manhã e acreditava até o último minuto que seria bem sucedido nas urnas. "Expectativa de vitória, para o bem do Brasil. Tivemos boas notícias nos últimos dias e, se Deus quiser, seremos vitoriosos hoje à tarde, ou melhor, o Brasil será vitorioso", disse, em rápida declaração à imprensa.

Membros da campanha também comentaram as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e defenderam as atividades da corporação, a despeito de críticas da oposição e do próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

"Parabéns a todos os policiais do Brasil por coibir o crime!", declarou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador-geral da campanha. Ele acusou o coordenador da campanha de Lula em Alagoas, Marcelo Vitor, de ter sido flagrado com R$ 150 mil reais para suposta compra de votos.

Coordenador de comunicação da campanha, Fábio Wajngarten usou o Twitter para comentar um encontro de Bolsonaro com jogadores do Flamengo na manhã deste domingo e mostrar confiança em relação à possibilidade de vitória. "O Brasil campeão! O Brasil vitorioso! O Brasil 22! O Brasil do presidente Jair Bolsonaro", disse.

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