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Bolsonaro
Bolsonaro encerrou campanha do primeiro turno neste sábado (1º) com motociatas em São Paulo e Joinville (SC).| Foto: Sebastião Moreira/EFE

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) disse esperar a vitória no primeiro turno das eleições 2022 em transmissão ao vivo pela internet (live) no início da noite deste sábado (1º), véspera da votação. “Não conseguimos ver outra coisa senão as eleições sendo decididas amanhã, com uma margem superior a 60%”.

A afirmação foi feita logo após o presidente ter feito comentários sobre os eventos de campanha realizados nos últimos dias. Bolsonaro classificou como “inacreditável” a mobilização de eleitores em Joinville (SC), onde ele esteve neste sábado. No seu último ato de campanha, o candidato do PL participou de duas motociatas com apoiadores: uma pela manhã em São Paulo e a segunda à tarde na cidade catarinense.

“Eleições são votos na urna. Mas precisa que as pessoas também estejam na rua. E o povo está indo espontaneamente para as ruas. Já participei de muitas eleições, e nunca vi tanta gente nas ruas em eleições passadas. Entrei para a política em 1988, já há bastante tempo, e nunca vi isso”, disse.

Bolsonaro aproveitou o tempo da live para pedir votos aos candidatos aliados a governador, mas reforçou os pedidos para os que concorrem ao Senado com seu apoio. Ele também agradeceu os apoios recebidos de artistas e esportistas, como Neymar e o pentacampeão Rivaldo, que publicaram vídeos em apoio à candidatura do candidato do PL.

Ele ainda criticou o candidato do PT à Presidência, seu principal adversário nas urnas, e chegou a dizer que se Lula vencer as eleições os caçadores, atiradores e colecionadores (CAC) poderiam até mesmo ser enquadrados como “foras da lei”. “Temos 700 mil CACs no Brasil. Vocês iriam passar a ser foras da lei com o Lula eleito. Ele poderia determinar o recolhimento das armas de fogo. Minha política é diferente. Para mim, povo armado não será escravizado”, declarou.

Bolsonaro também reforçou o pedido feito a seus apoiadores para que compareçam às sessões eleitorais vestidos de amarelo. Ele também encorajou os eleitores de Lula a irem votar de vermelho. "Ninguém será hostilizado, é um direito seu", afirmou.

Em críticas aos governos de esquerda na América Latina, Bolsonaro voltou a dizer que não existem mais cães e gatos na Venezuela. “Os venezuelanos fogem a pé para cruzar a fronteira com o Brasil. E eles não trazem cães. Não porque não gostam deles, mas porque não existem mais cães nem gatos por lá. Comeram todos”, declarou.

Sobre a Argentina, Bolsonaro lembrou que Alberto Fernández visitou Lula na cadeia em Curitiba. Na época, o presidente brasileiro afirmou que caso o esquerdista saísse vitorioso nas eleições o país vizinho “marcharia rumo à Venezuela”. Agora, disse Bolsonaro, o governo de Fernandez e Cristina Kirschner tem levado 40% da população argentina à miséria. “É isso que vocês querem para o Brasil?”, questionou.

Entrando nas pautas de costumes, o presidente voltou a dizer que, caso reeleito, terá o direito de indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF). Esses indicados, disse Bolsonaro, serão orientados a não aprovarem quaisquer medidas que visem a legalização das drogas ou do aborto.

“Quem assumir em janeiro vai poder indicar mais dois [ministros] para o supremo. Se for eu, vou conversar. Conversar para não aprovar legalização de drogas nem nada de aborto. Eu entendo que a vida tem que ser respeitada desde a concepção. E se algum dia [o aborto] for legalizado no Congresso eu veto. E vou conversar para que os ministros não legislem nada dentro do STF”, completou.

Ao fim da transmissão, o presidente disse novamente que espera ser reeleito já no primeiro turno. "Acredito em Deus, em primeiro lugar, e no povo brasileiro. Saindo o resultado amanhã, não pode ser diferente pelo que a gente vê nas ruas, nas mídias sociais, nas enquetes, do que o nosso nome".

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