O presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que seu companheiro de chapa nas eleições de 2022 será o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. Em entrevista à Rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (21), Bolsonaro falou que seu vice será um mineiro que está na lista dos ministros que deixarão seus cargos para disputar as eleições de 2 de outubro e que "fez escola militar".
"Devemos ter um vice que demonstre à população que não é um vice pra ajudar a ganhar a eleição. É um vice pra ajudar a governar o Brasil", destacou Bolsonaro, salientando pressões que o ocupante da cadeira da Presidência sofre. O presidente também apontou que quer um vice "que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato". "Por isso, posso adiantar para vocês que... o vice é de Minas Gerais", afirmou o presidente sem informar o nome de Braga Netto, que nasceu em Belo Horizonte – o único ministro oriundo da capital mineira.
Bolsonaro disse ainda que o atual vice, Hamilton Mourão, disputará uma vaga no Senado pelo estado do Rio Grande do Sul, e que terá seu apoio.
O ministro da Defesa já era um dos mais cotados para disputar como vice-presidente ao lado de Bolsonaro desde o ano passado. O perfil discreto e a proximidade com o presidente estão entre os fatores que o levaram ser escolhido.
Quem é o general Braga Netto
O presidente e o ministro se conheceram nos tempos de graduação na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Bolsonaro se graduou na turma de 1977 e Braga Netto na turma de 1978. No governo, interlocutores asseguram que ambos mantêm uma boa e próxima relação e entendem que tal alinhamento seja esse um dos motivos que o presidente procure.
General da reserva, Braga Netto, 64 anos, entrou no governo Bolsonaro em fevereiro de 2020 para assumir a Casa Civil, uma pasta estratégica que naquele momento era ocupada por Onyx Lorenzoni (PL-RS; na época era filiado ao DEM). Pouco mais de um ano depois, em março de 2021, substituiu Fernando Azevedo e Silva no Ministério da Defesa.
Braga Netto também ocupou posições importantes nas Forças Armadas. Em 2015 e 2016 foi comandante da 1º Região Militar (que abrange os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo) e nos anos seguintes assumiu o Comando Militar do Leste. Em 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), foi interventor federal na Área de Segurança Pública no estado do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi nomeado chefe do Estado-Maior do Exército, posição que ocupou entre 2019 e 2020.
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