A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (25) um relatório alegando que o mandatário teve menos inserções de rádio que seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A denúncia foi apresentada à Corte nesta segunda (24).
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, e Fabio Wajngarten afirmaram que, nas últimas duas semanas, Bolsonaro teve 154 mil inserções de rádio a menos que o petista. No entanto, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a ação foi protocolada sem “qualquer prova e/ou documento sério”.
O ministro deu prazo de 24 horas para que os advogados de Bolsonaro apresentassem provas. A defesa do chefe do executivo disse a Moraes que havia apresentado um "estudo técnico parcial", pois ainda não havia encerrado a compilação dos dados coletados de todas as regiões do país, informou o jornal O Globo.
A nova petição apresenta uma tabela com o exemplo de oito rádios da Bahia e de Pernambuco. Nesta tabela foram quantificados os tempos de inserções de Lula e de Bolsonaro entre os dias 7 e 14 de outubro. Além disso, os advogados compartilharam um link do Google Drive para que Moraes tenha acesso a informações completas.
A defesa da campanha ainda descreveu a metodologia usada pela empresa de auditoria para realizar o levantamento. A empresa teria criado um algoritmo que captura o áudio transmitido pelas rádios em tempo real na internet e compara com as inserções. A campanha de Bolsonaro solicitou ao TSE a suspensão da propaganda de Lula no rádio.
Fábio Faria diz que espera "solução rápida" do TSE
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, anunciou no Twitter o protocolo da nova documentação. Ele disse esperar uma "solução rápida" para o caso. "Cabe esclarecer que não se trata de qualquer questionamento acerca do sistema eleitoral ou sobre a atuação do TSE. O que estamos apontando é uma absurda supressão ou migração de comerciais que Bolsonaro teria direito em favor da campanha de Lula", ressaltou.
"Todas as informações são baseadas gravadas da programação integral das rádios, 24 horas por dia. São 1.112 rádios da região Nordeste e 289 rádios da região Norte. Toda a base de dados citada nos relatórios foi disponibilizada com acesso total ao TSE", completou o ministro.
Faria disse ainda que foi solicitado que seja "reestabelecido o mínimo de isonomia entre as as campanha" e que se "repare os danos a eventuais prejuízos decorrentes da não veiculação das inserções a que a campanha do presidente Bolsonaro teria direito".
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