Na inserção, Lula criticou a política de flexibilização do acesso a armas e munições colocada em prática durante o governo Bolsonaro| Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação PT
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No programa eleitoral veiculados na tarde desta quinta-feira (27), a campanha do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à política de flexibilização do acesso a armas e munições colocada em prática durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A inserção também buscou atrelar a imagem do atual presidente ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, que no último domingo (23) atirou contra policiais federais ao resistir ao cumprimento de um mandado de prisão.

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"A mesma arma que Bolsonaro diz que é para defender a família fez aumentar o assassinato de mulheres, crianças e adolescentes. A mesma arma que Bolsonaro diz que é para afastar os bandidos aumentou o arsenal do tráfico e da milícia. A mesma arma que Bolsonaro diz que é para proteger o patrimônio é a que fez o aliado dele Roberto Jefferson tentar matar policiais federais", diz o locutor da propaganda de Lula.

Apesar das alegações, não há comprovação de que o maior acesso a armamento teve relação com os apontamentos da campanha petista. Segundo o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública – levantamento anual feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado em 28 de junho – houve redução de 6,5% nas mortes violentas intencionais (homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais) no ano passado frente a 2020.

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O número de homicídios verificado em 2021 (47,5 mil) é o menor desde 2011 (47,2 mil), quando o FBSP passou a monitorar anualmente os indicadores de segurança pública no Brasil. De lá para cá, o ápice da violência no país ocorreu em 2017, quando foram contabilizadas 64 mil mortes violentas. A partir de 2018, entretanto, teve início um movimento de queda nos assassinatos e essa tendência prossegue desde então, como mostrado pela Gazeta do Povo.

Mais à frente, em outro momento da propaganda, o ex-presidente falou novamente sobre o armamento. “A apologia da arma não leva ninguém a lugar nenhum. A arma não educa, a arma mata”.

Ainda na área de segurança pública, Lula também mencionou a criação do Ministério da Segurança Pública caso seja eleito. No governo de Bolsonaro, a pasta em questão é atrelada à da Justiça, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Anderson Torres.

“Nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública a para a gente trabalhar junto com os governos dos estados, para a gente cuidar das nossas fronteiras, para combater o narcotráfico, a importação de armas”, disse Lula na inserção.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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