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Candidaturas podiam ser registradas no TSE até o dia 15 de agosto.| Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O período para registro de candidaturas nas eleições de 2022 terminou com 223 concorrentes inscritos para disputar o cargo de governador (veja todos os nomes no infográfico abaixo).

O Distrito Federal registrou o maior número de chapas para o cargo: são 12 na disputa pelo governo. Na sequência, Pernambuco e Rio Grande do Sul têm 11 concorrentes. Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina registram dez chapas na disputa pelo governo. Os outros estados têm menos de dez candidatos.

As eleições estaduais têm dinâmicas próprias, mas também são peças-chave para os candidatos a presidente. Os quatro primeiros colocados na última pesquisa Genial/Quaest (veja metodologia abaixo) – Luiz Inácio Lula da Sila (PT, 45%); Jair Bolsonaro (PL, 33%); Ciro Gomes (PDT, 6%); e Simone Tebet (MDB, 3%) – articularam palanques nos estados, na tentativa de ampliar seu eleitorado.

Lula e Bolsonaro são os que têm mais aliados. Ambos apoiam candidatos a governador em todos os estados e no Distrito Federal. Já Ciro e Tebet têm apoios mais restritos: o candidato do PDT conta com palanques em 11 estados; a do MDB, em sete.

Disputas nos maiores colégios eleitorais

Mesmo com alianças em todo o país, Bolsonaro e Lula não tiveram vida fácil nos maiores colégios eleitorais brasileiros. Em São Paulo, estado que tem o maior número de eleitores, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro demorou a definir quem seria o candidato a senador em sua chapa. Por fim, o escolhido foi o ex-ministro Marcos Pontes (PL).

Em Minas, o presidente passou meses cortejando o atual governador, Romeu Zema (Novo), que disputa a reeleição. Zema, entretanto, vinha se esquivando da associação com Bolsonaro. Diante da negativa, o PL acabou lançando candidato próprio, o atual senador Carlos Viana (PL-MG).

No Rio, o PT chegou a retirar o apoio à chapa de Marcelo Freixo (PSB) por causa da disputa pelo Senado. O partido defendia que a chapa tivesse candidatura única à cadeira, com o nome de André Ceciliano (PT). Mas o atual deputado federal Alessandro Molon (PSB) também quis concorrer –  sua candidatura está registrada no TSE. Ao final, o PT acabou cedendo e manteve a aliança com Freixo.

Por outro lado, há estados em que tanto Lula quanto Bolsonaro têm mais de um candidato querendo lhes oferecer apoio. No Rio Grande do Sul, por exemplo, Onyx Lorenzoni (PL) e Luis Carlos Heinze (PP) estão com Bolsonaro, ainda que só Onyx tenha uma aliança oficial com o presidente. Já em Pernambuco, Lula tem o apoio de Danilo Cabral (PT) e Marília Arraes (Solidariedade).

Candidatos do MDB e do PDT não garantem apoio a Tebet e Ciro

Ciro Gomes (PDT) é apoiado por candidatos de seu próprio partido, como Elvis Cezar (em São Paulo), Rodrigo Neves (no Rio),  Roberto Cláudio (no Ceará), Leila do Vôlei (no Distrito Federal) e Gomyde (no Paraná). A exceção é Marcus Pestana (PSDB), que concorre em Minas Gerais. O candidato apoia Ciro mesmo que, nacionalmente, os tucanos estejam com Simone Tebet (MDB).

Um caso curioso do PDT ocorre no Maranhão. Por lá, o senador Weverton, candidato do PDT ao governo, formou chapa com aliados de Bolsonaro. Além disso, o concorrente já fez declarações públicas de apoio a Lula.

Tebet também não tem apoio garantido de seus companheiros de partido. No Pará, o PT apoia a reeleição de Helder Barbalho (MDB). Em julho, o senador Eduardo Braga (MDB), que concorre ao governo do Amazonas e declarou apoio a Lula, afirmou que Helder também daria palanque ao petista.

Já no Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que busca a reeleição, se aliou ao presidente Bolsonaro.

Quem são os candidatos a governador

Se está visualizando no celular, clique no nome para ver o candidato a vice-governador.

Metodologia da pesquisa citada

A pesquisa divulgada pela CNN Brasil em 17 de agosto foi realizada pelo instituto Quaest e contratada pelo Banco Genial. Foram ouvidos 2.000 eleitores presencialmente entre os dias 11 de agosto e 14 de julho de 2022 em todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo BR-01167/2022.

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