A Comissão de Ética Partidária (CEP) do Partido Novo suspendeu liminarmente a filiação de João Amoêdo, ex-presidente e ex-candidato a à Presidência da República pela legenda, por “possíveis violações estatutárias”. Um processo disciplinar foi aberto contra Amoêdo após ele declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no segundo turno das eleições 2022. Na quarta-feira (26) o PSB expulsou três prefeitos que declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O Diretório Nacional do Partido Novo foi comunicado nesta quinta-feira, 27, sobre decisão da Comissão de Ética Partidária (CEP) suspendendo liminarmente a filiação de João Amoêdo no âmbito de Procedimento Disciplinar sigiloso aberto contra ele por possíveis violações estatutárias”, disse o partido.
O pedido de expulsão feito pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) ainda será julgado pela sigla. Segundo ele, a decisão foi tomada diante do "risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo".
Procurada, a assessoria de imprensa de Amoêdo disse que, por enquanto, ele não vai se posicionar sobre a questão.
Nas redes sociais, em 18 de outubro, ele justificou a decisão de apoiar Lula dizendo que seria a “possibilidade de limitar danos adicionais ao direito do cidadão” e que será oposição ao presidente eleito - tanto se for o petista ou no caso de ser o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
“Serei oposição a quem vencer. Infelizmente, a escolha não é sobre os rumos que desejo para o Brasil, mas só a possibilidade de limitar danos adicionais ao direito do cidadão. E é só isso que espero manter com esta eleição: o direito de ser oposição”.
Já o Novo disse à época que o posicionamento de Amoêdo não era o da legenda. “Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos. A triste declaração constrange a instituição, que se mantém coerente com seus princípios e valores e reforça que Amoêdo não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020”.
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