O ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, deixou nesta quinta-feira (31) o comando da pasta. Cotado para ser vice na chapa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele precisava se desincompatibilizar do cargo por causa das regras eleitorais. A legislação estabelece que ministros têm de sair do governo seis meses antes das eleições, prazo que vence no sábado (2). Braga Netto é o décimo ministro a sair do governo para disputar as eleições.
O atual comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, é quem vai substituir Braga Netto no Ministério da Defesa. Por sua vez, ele deve passar o comando do Exército ao general Marco Antônio Freire Gomes. A exoneração de Braga Netto e sua substituição por Nogueira foram publicadas no Diário Oficial da União na tarde desta quinta.
Braga Netto se filiou ao PL
Braga Netto assinou a sua ficha de filiação ao PL na última segunda-feira (28). E, caso se confirme que ele será o vice de Bolsonaro, será uma chapa pura – isto é, com presidente e vice de um mesmo partido.
Apesar da pressão de integrantes do Centrão para que o vice fosse um nome político, o presidente teria escolhido o militar por ser um aliado de confiança. "Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato", disse Bolsonaro recentemente. "O Braga Netto eu conheço há algum tempo, me dou muito bem com ele. É um homem cotado para qualquer coisa", completou o presidente sobre o ministro da Defesa.
Dez ex-ministros vão disputar as eleições
No total, dez ministros de Bolsonaro deixaram seus cargos nesta quinta-feira (31) para disputar as eleições. Além de Braga Netto, que oficialmente deixou o cargo à tarde, outros nove ministros já haviam saído saído do governo nesta manhã.
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