O período das convenções partidárias para aprovação de pré-candidaturas começa no dia 20 de julho e vai até 5 de agosto. Elas reunirão políticos e filiados de cada sigla para discussão de temas de interesse do grupo, como escolha de candidatos e formação de coligações. As convenções são uma etapa importante das eleições deste ano, que escolherão o presidente da República, governadores dos estados e deputados federais e estaduais, além de renovar um terço do Senado Federal.
É a partir das convenções partidárias que os pré-candidatos se tornam, de fato, candidatos. Deste momento em diante deixa de valer parte das restrições da Justiça à propaganda eleitoral. Quando oficializadas as campanhas, os postulantes a cargos eletivos ganham o direito de pedir votos. É permitida, por exemplo, a publicidade eleitoral na internet e em materiais impressos.
A maioria dos partidos já definiu dia e local para realização dos encontros que indicarão o candidato a presidente da república. Veja abaixo o calendário das convenções (por ordem de data):
- Ciro Gomes (PDT) - 20/07, em Brasília
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 21/07, em São Paulo
- André Janones (Avante) - 23/07, em Belo Horizonte
- Jair Bolsonaro (PL) - 24/07, no Rio de Janeiro
- Simone Tebet (MDB) - 25/07 (data provável), em formato virtual
- Felipe D'avilla (Novo) - 30/07, em São Paulo
- Pablo Marçal (Pros) - 30/07, em Brasília
- Sofia Manzano (PCB) - 31/07, em São Paulo
- Vera Lúcia (PSTU) - 31/07, em São Paulo
- José Maria Eymael (DC) - 31/07, local a definir
- Luciano Bivar (União Brasil) - 5/08, em São Paulo
- Leonardo Péricles (UP) - sem data e local definido
Lula será candidato a presidente pela sexta vez
O PT agendou para o próximo dia 21, uma quinta-feira, em São Paulo, a convenção que oficializará a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República. Ele concorrerá ao Palácio do Planalto pela sexta vez desde 1989, tendo vencido em duas oportunidades (2002 e 2006).
Lula tentou se candidatar na última eleição em 2018, mas foi impedido pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. O petista havia sido condenado em duas instâncias por corrupção no caso do tríplex do Guarujá, mas o processo foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado, ato que lhe devolveu os direitos políticos.
Antes da convenção, Lula se esforça para destravar alguns palanques regionais que ainda enfrentam divisões pelo país. É o caso do Rio de Janeiro. O PT busca avançar no acordo com o PSB no estado, onde Lula declarou apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo estadual.
A costura feita entre as legendas deu ao PT a preferência na indicação de um nome para concorrer a senador, no caso, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano.
No entanto, o deputado federal Alessandro Molon, presidente estadual do PSB, reivindica a candidatura ao mesmo posto. Lula deve atuar pessoalmente na costura dos dois partidos para encerrar a disputa, como ocorreu em São Paulo. Lá, o ex-presidente conseguiu convencer o ex-governador Márcio França (PSB) a abrir mão da disputa ao governo do estado para apoiar o candidato petista Fernando Haddad. França será candidato a senador.
Já a convenção nacional do PSB que deve confirmar a aliança com o PT e a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa de Lula está marcada para ocorrer no dia 29 de julho, em Brasília.
Bolsonaro deve oficializar general como vice
Pré-candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro também terá sua candidatura chancelada pela convenção do PL, no dia 24 de julho. O evento ocorrerá no Rio de Janeiro e deve marcar também a oficialização do ex-ministro e general da reserva Walter Braga Netto (PL) como vice na chapa.
Braga Netto será também um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro e deverá ter uma sala no comitê eleitoral em Brasília. A nova função do militar será dividida com o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho mais velho do presidente; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente nacional licenciado do PP.
Se confirmada, essa será a primeira vez que um presidente disputa o segundo mandato com uma chapa pura, com nomes do mesmo partido. Bolsonaro também será o primeiro presidente que muda o vice na disputa pela reeleição, com a saída do general Hamilton Mourão.
Inicialmente, o comitê de campanha planejava realizar a convenção nacional do PL em Brasília. Depois, por insatisfação com a baixa capacidade de público do local escolhido na capital federal, o evento foi transferido para São Paulo. No fim, a decisão foi por trazer a convenção para o Rio de Janeiro, berço do bolsonarismo e onde o presidente mantém laços afetivos e profissionais.
Sem definição de vice, PDT marca convenção para Ciro
O PDT pretende oficializar a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República no dia 20 de julho. O pedetista ensaia uma aproximação com Simone Tebet (MDB) e até o momento não bateu o martelo de um nome para compor como vice na sua chapa. "O objetivo é aproveitar ao máximo o período eleitoral com a candidatura de Ciro oficializada", informou o partido em nota.
Recentemente, durante a sua passagem pela Bahia, Ciro foi questionado sobre o nome do vice. De acordo com ele, o PDT vai estender até o dia 5 de agosto, prazo máximo para as indicações dos partidos, para fechar a composição.
Sem nenhuma aliança com outros partidos por enquanto, o PDT não descarta lançar o nome de Ciro Gomes em uma chapa pura, com um candidato a vice pedetista. "Vamos delegar à Executiva nacional do PDT a faculdade até o último dia possível para as tratativas em relação ao meu vice ou à minha vice", afirmou Ciro, que gostaria de ter uma mulher na composição da chapa.
Convenção do MDB para oficializar Tebet será virtual
Pré-candidata pela chamada terceira via, assim como Ciro Gomes, a senadora Simone Tebet terá seu nome chancelado pelo MDB em uma convenção virtual, uma forma de economizar recursos para a campanha eleitoral. De acordo com emedebistas, a data oficial ainda não foi marcada, mas o nome da senadora já está pacificado dentro da legenda.
Extraoficialmente, porém, Tebet ainda sofre resistências dentro do MDB diante da ofensiva de alas do partido que apoiam tanto o presidente Bolsonaro quanto o ex-presidente Lula. O principal fiador da candidatura dela é o ex-presidente Michel Temer.
O partido ainda busca resolver o impasse com o PSDB sobre a composição da chapa. Depois da desistência do ex-governador João Doria, a expectativa era de que o senador Tasso Jereissati (CE) fosse indicado como vice na chapa de Tebet. Contudo, a disputa entre tucanos e emedebistas pelo governo do Rio Grande do Sul tem travado as negociações.
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