Os candidatos ao governo de São Paulo participaram na noite deste sábado (17) do debate do pool de veículos de comunicação formados pela emissora SBT, o jornal O Estado de São Paulo, o portal Terra, a revista Veja e a rádio Nova Brasil.
Participaram do debate os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinicius Point (Novo) e Elvis Cezar (PDT).
A segurança pública foi um dos temas do debate, que também teve críticas às gestões públicas anteriores dos candidatos e de seus padrinhos. Confira os principiais temas:
Segurança pública
Tarcísio de Freitas provocou o atual governador Rodrigo Garcia ao afirmar que de três celulares roubados no Brasil, um é de São Paulo. "Pergunta se o cidadão está tranquilo com tanto roubo de celular, de imóvel, de carga. Temos que restaurar a sensação de segurança", enfatizou o ex-ministro de Infraestrutura e candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado.
Um dos pontos de discordância entre os dois candidatos foi o uso de câmeras nas fardas da Polícia Militar (PM). Garcia defendeu a medida e prometeu ampliá-la dentro da corporação, com a instalação do equipamento também nas viaturas. "Se eu for eleito governador, vamos ampliar esses investimentos e ampliar as câmeras nos policiais", promete o governador, que assumiu após João Doria (PSDB) renunciar para tentar se candidatar à presidência.
Tarcísio criticou o uso de câmeras nas fardas policiais e prometeu reavaliar a medida se for eleito. "Toda política pública precisa ser reavaliada. A sensação é de que está colocando a câmara porque desconfia dos policiais", pontuou o ex-ministro. "Quero que o policial esteja em condição de igualdade com o bandido", completou.
O atual governador paulista também criticou a gestão de Haddad na segurança quando foi prefeito da capital. Ele acusou o petista de ter reduzido as forças de segurança municipais e afirmou que o petista reagiria à criminalidade "com cafuné".
Padrinhos políticos
Na resposta sobre a crítica na segurança pública de quando foi prefeito de São Paulo, Haddad aproveitou para criticar a participação de Garcia em gestões anteriores no município. "Você participou da gestão do Pita, do Kassab e agora do Doria, seguramente os três piores da história de São Paulo. Você esconde as pessoas que te apoiaram", respondeu o petista.
"A sensação é de que você quer varrer o passado quando te interessa", completou Haddad ao afirma que o atual governador "se apropriar de feitos do PSDB que não pertenceriam a ele", já que se filiou no partido há pouco tempo.
Já Garcia ironizou o apoio do ex-tucano e ex-governador do estado Geraldo Alckmin (PSB), agora vice da candidatura de Lula à presidência e aposta do PT para reduzir a resistência dos eleitores paulistas a Haddad. "Você tem andado de mãos dadas com o ex-governador Geraldo Alckmin, pergunta para ele como é difícil fazer obras em uma cidade como São Paulo", ironizou Garcia, falando sobre obras do metrô.
Violência contra mulheres
O candidato Tarcísio de Freitas repudiou o ataque à jornalista Vera Magalhães no debate anterior, na TV Cultura. Na ocasião, a jornalista foi atacada pelo deputado estadual Douglas Garcia, do mesmo partido do ex-ministro, o Republicanos.
"Repudio qualquer ataque às mulheres. Repudiei veementemente o ataque à jornalista da TV Cultura", disse o candidato, citando que pretende criar uma secretaria de política para mulheres se for eleito para estimular o empreendedorismo feminino.
Crime organizado
Haddad e Tarcísio foram questionados no debate por um jornalista de como os partidos de cada um pretende combater o crime organizado dentro do próprio sistema. Na pergunta, foram citados integrantes do PT e do Republicanos que enfrentam processos por susposta ligação com o crime organizado.
"Defendo que o eleitor deve saber tudo do candidato, que deve dar satisfação antes e depois da vida pública. Isso deve ser feito com todo mundo, doa a quem doer", respondeu o petista.
Tarcísio disse que seu governo será implacável contra o crime organizado e que vai ter parcerias com o governo federal. "É necessário usar geoprocessamento, fortalecer a inteligência, porque mães não merecem perder filhos", concluiu.
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