As eleições para governador seguem até o dia 30 de outubro em 12 estados brasileiros: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Em alguns deles, porém, os resultados do primeiro turno apontam para uma disputa mais dura do que em outros.
Em três estados, a diferença entre o primeiro e o segundo colocados foi de menos de quatro pontos percentuais.
Em Pernambuco, Marília Arraes (SD, 23,97%) largou apenas 3,39 pontos percentuais à frente de Raquel Lyra (PSDB, 20,58%).
Em Rondônia, o candidato Coronel Marcos Rocha (União Brasil, 38,88%) tem só 1,83 ponto percentual de vantagem sobre Marcos Rogério (PL, 37,05%).
No Mato Grosso do Sul, apenas 1,55 ponto percentual separam Capitão Contar (PRTB, 26,71%) e Eduardo Riedel (PSDB, 25,16%).
O tucano era apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela ex-ministra Tereza Cristina (PP), eleita senadora com 60,85% dos votos. Mas, no último debate antes do primeiro turno, realizado pela TV Globo, o presidente declarou apoio a Contar.
Disputa polarizada em São Paulo e no Espírito Santo
Em mais quatro estados a diferença entre os dois candidatos que foram à segunda etapa do pleito é de menos de dez pontos percentuais.
Na Bahia aparece a maior vantagem entre esses estados, de 8,65 pontos percentuais. O candidato apoiado por Lula, Jerônimo Rodrigues (PT), quase venceu em primeiro turno – ele obteve 49,45% dos votos. ACM Neto (União Brasil), que ficou em segundo, teve 40,8%. Para que não seja realizado o segundo turno, um dos candidatos precisa ter 50% mais um de votos válidos, ou seja, sem brancos e nulos.
Diferença semelhante, de 8,46 pontos percentuais, aparece no Espírito Santo, em que Renato Casagrande (PSB), apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve 46,94% dos votos. Carlos Manato (PL), aliado de Bolsonaro, teve 38,48%.
Em São Paulo, mais uma disputa polarizada: Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro, largou na frente com 42,32% dos votos. Fernando Haddad (PT), aliado de Lula, teve 35,7%, ou 6,62 pontos percentuais a menos.
Rodrigo Garcia (PSDB), que concorria à reeleição, ficou em terceiro lugar, com 18,40%. Na terça-feira (5), o governador anunciou “apoio incondicional” a Tarcísio e Bolsonaro.
Em Sergipe, o cenário mudou depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferiu a candidatura de Valmir de Francisquinho (PL). Com a decisão, 457.922 votos que foram para o candidato foram anulados.
O número é maior do que a quantidade de votos obtida pelo primeiro colocado, Rogério Carvalho (PT). Ele foi escolhido por 338.796 eleitores, ou 44,70%. Quem disputa o segundo turno com o petista é Fábio Mitidieri (PSD), que obteve 38,91% (uma diferença de 5,79 pontos percentuais).
Primeiro colocado tem vantagem maior em três estados
Três estados têm entre entre 10 e 20 pontos percentuais de diferença entre os dois candidatos que disputam o segundo turno para governador.
Em Alagoas, Paulo Dantas (MDB), aliado de Lula, está 19,85 pontos percentuais a frente de Rodrigo Cunha (União Brasil). Nesse caso, Dantas obteve em primeiro turno 46,64% dos votos. Cunha fez 26,79%.
Na Paraíba, João Azevêdo (PSB) fez 39,65% dos votos – 15,75 pontos percentuais a mais do que Pedro Cunha Lima (PSDB), que obteve 23,9% dos votos.
No Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do governo Bolsonaro, fez 37,5% dos votos. Eduardo Leite (PSDB), que busca a reeleição, obteve 26,81%. A diferença entre os dois é de 10,69 pontos percentuais.
Na eleição gaúcha, a disputa mais acirrada ocorreu entre Leite e Edegar Pretto (PT) por uma vaga no segundo turno. Pretto teve 26,77% – só 2.441 votos a menos do que o candidato à reeleição.
Amazonas e Santa Catarina têm liderança folgada
No Amazonas aparece a maior vantagem do primeiro colocado em relação ao segundo. Wilson Lima (União Brasil), que busca a reeleição, obteve 42,82% dos votos – 21,83 pontos percentuais a mais do que o segundo lugar, Eduardo Braga (MDB), que fez 20,99%.
Em Santa Catarina, o cenário é semelhante. Jorginho Mello (PL), que lidera a disputa, teve 38,61% dos votos. A vantagem em relação ao segundo colocado, Décio Lima (PT), é de 21,19 pontos percentuais. o petista fez 17,42% dos votos.
Nos dois casos, a disputa estadual repete a polarização nacional. Wilson Lima e Mello são apoiados por Bolsonaro, enquanto Braga e Décio Lima são aliados de Lula.
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