A candidata do MDB à Presidência, senadora Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (20) que a eleição não pode ser pautada pelo medo. A senadora foi entrevistada pelo apresentador Ratinho, no SBT. "Essa é a eleição mais importante da história do Brasil. Além da crise econômica, temos uma crise política, não pode ser a eleição do medo", disse. Tebet, como representante da terceira via, defendeu a eleição de um candidato moderado "para dar estabilidade ao país".
Ao ser questionada se classificava sua candidatura como de centro, esquerda ou direita, Tebet afirmou: "Eu sou candidata do Brasil, sou radicalmente contra essas ideologias, elas estão matando o Brasil". "Meu partido é o Brasil, o que é bom da esquerda ou da direita nós vamos assimilar, não podemos excluir uma parte do Brasil porque pensa diferente de nós", ressaltou.
Programa permanente de distribuição de renda
A senadora afirmou que sua “prioridade número um", caso seja eleita, será a “agenda social”. Com foco na qualificação de trabalhadores e jovens, um programa de transferência de renda permanente e educação de qualidade.
Tebet voltou a defender a criação do programa “Poupança Jovem”, uma espécie de prêmio de R$ 5 mil para alunos que se formarem no terceiro ano do ensino médio, segundo ela esse valor poderá vir do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Agronegócio e proteção do meio ambiente
Durante a entrevista, Simone Tebet também comentou sobre a importância do agronegócio e da defesa do meio ambiente. “Eu sou do agro também e as pessoas falam: ‘ah, você é do agro, então você não defende o meio ambiente’, muito pelo contrário, nós temos que parar com essa coisa de que é plantar ou cuidar do ambiente. São as duas coisas ao mesmo tempo”, afirmou.
Ela defendeu “tolerância zero em relação ao desmatamento ilegal” e “fazer dinheiro com a floresta em pé”. “Cuidar da Amazônia Legal, cuidar do meio ambiente, não é só proteger a vida, mas é colocar comida mais barata na mesa do brasileiro”, disse.
Imagem do Brasil no exterior
Para a candidata ao Planalto, o Brasil está com uma imagem “péssima” no exterior. “Muito por falta de comunicação, eu lamento dizer, mas o presidente [Jair Bolsonaro] acirra esse processo. Toda vez que o presidente fala alguma coisa, fala besteira, gente vê o dólar subindo e hoje tudo é dolarizado, você compra o fertilizante em dólar, o preço do combustível está em dólar, o trigo”, apontou.
Reforma tributária
Simone Tebet afirmou que, se eleita, pretende aprovar uma reforma tributária nos primeiros seis meses de governo. Ela defendeu unificar impostos, retirar tributos que incidem sobre a cesta básica dos pobres e fazer a desburocratização.
“Hoje a indústria, o setor de bens e de comércio não conseguem gerar mais emprego, porque a carga tributária é muito alta em cima da pessoa jurídica. Então, quando você simplifica, desburocratiza, você diminui o custo da indústria, ao diminuir o custo, ela abre novos postos de trabalho, geram emprego e faz o Brasil crescer”, afirmou.
Ela disse ainda que é necessário tributar um pouco mais o serviço pago pelos ricos para garantir justiça tributária” no país. "A vacina [contra a Covid-19] salvou as nossas vidas. A reforma tributária é nossa ‘vacina’ econômica", disse.
Segurança contra o crime organizado
Questionada sobre ações para combater o crime organizado, Tebet afirmou que pretende recriar o Ministério da Segurança Pública, que atualmente está vinculado ao Ministério da Justiça. Ela disse ainda que é necessário fechar as fronteiras para combater as organizações criminosas e reforçar os serviços de inteligência para trabalhar no monitoramento e prevenção de crimes.
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