Manifestantes participam desde cedo de atos públicos pelo país. Em São Paulo, foi lida a carta da USP em defesa das eleições e do Estado Democrático de Direito.| Foto: Fernando Bizerra/EFE
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Ao longo desta quinta-feira (11), entidades de esquerda promoveram manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em ao menos 45 cidades brasileiras, sendo 24 capitais. Sob o mote “Bolsonaro sai, democracia fica”, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, entidades da sociedade civil e partidos políticos de esquerda organizaram os protestos na mesma data da leitura pública das cartas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Universidade de São Paulo (USP) pela democracia.

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Apesar do tom apartidário que parte dos organizadores tentou imprimir, em alguns estados os atos ganharam caráter de manifestação pró-Lula (veja abaixo), candidato à presidência da República e adversário de Bolsonaro, principal alvo dos protestos.

A leitura dos manifestos ocorreu pela manhã, na Faculdade de Direito da USP, e a partir daí diversas manifestações foram programadas ao longo do dia. Os protestos ocorreram em dezenas de universidades públicas (em algumas delas a reitoria das instituições participou da realização dos atos), além de associações, escolas e praças. Entidades do movimento estudantil criaram a campanha “A aula hoje é nas ruas” para levar mais estudantes às ruas.

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A expectativa dos organizadores era de que a maior concentração de pessoas ocorresse na capital paulista. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que coordena os protestos, cerca de 10 mil manifestantes participaram do ato em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

Atos pró-democracia se confundem com mobilização político-partidária

Manifestantes fazem passeata no Ceará: centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos de esquerda organizam os atos| Foto: Reprodução/CUT-CE

Segundo ativistas ligados às entidades organizadoras, os protestos tinham como objetivo ser uma resposta da sociedade civil aos questionamentos que Bolsonaro tem feito ao sistema eleitoral brasileiro, colocando em dúvida a segurança das urnas eletrônicas. “Nós, dos movimentos populares e estudantis, estaremos durante todo o dia promovendo mobilizações de rua em defesa da democracia, do processo eleitoral, contra o desemprego e a fome”, disse Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, no salão da USP.

Apesar disso, em vários estados os atos – coordenados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Central de Movimentos Populares (CMP) – ambas ligadas ao PT, foram marcados por bandeiras, camisetas, bonés, adesivos e cantos pró-Lula.

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Apoiadores da candidatura do petista, como Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL), estiveram presentes nos atos. Bandeiras e adereços de outros partidos que compõem a coligação do ex-presidente, como Psol e PCdoB, também marcaram presença nas manifestações em diversos estados.

Veja abaixo alguns registros dos atos:

Legenda: Em ato pela democracia em São Paulo, manifestantes entoam cantos pró-Lula (Crédito: Instituto Lula)

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Legenda: Em São Paulo, manifestantes levaram bandeiras do Brasil e cantaram hino nacional (Crédito: Reprodução)

Legenda: Em Fortaleza, integrantes de um comitê popular de luta – estratégia petista para as eleições deste ano – levam faixa com nomes de candidatos (Foto: Reprodução Dep. José Guimarães)
Legenda: Diversas bandeiras favoráveis a Lula nos protestos de São Paulo (Foto: Reprodução UNE)
Protestos na Avenida Paulista na noite desta quinta-feira (Foto: CUT)
Legenda: Em Goiânia, ativistas do movimento estudantil levam faixas pró-Lula e fazem sinal de “L” em referência ao candidato (Foto: Reprodução UNE)
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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]