Ex-ministro Tarcísio de Freitas é candidato ao governo de SP| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, classificou como "não proporcional" a operação da Polícia Federal (PF) de busca e apreensão, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, contra um grupos de empresários. Eles supostamente teriam defendido um golpe de Estado no Brasil.

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A declaração foi dada nesta quarta-feira (24) durante a sabatina do jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Para Freitas, não existe risco para a democracia. Ele também disse que as declarações atribuídas aos empresários foram um "arroubo" em meio a conversas entre amigos. "Não vejo que uma conversa num grupo de WhatsApp entre amigos tenha qualquer condão de promover um golpe de Estado", afirmou o candidato na entrevista.

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Ele disse ainda que considera o “fim da picada” o fato de apoiadores de regimes autoritários e ditaduras terem apoiado as cartas da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em defesa do Estado Democrático de Direito e do sistema eleitoral.

“Acho o ‘fim da picada’ haver pessoas assinando a carta se dizendo defensores da democracia no Brasil, mas defendendo ditadura na Nicarágua, na Venezuela. Não faz o menor sentido”, disse Freitas ao Estadão. Ele salientou também que a única carta que leva em consideração é a Constituição.

Em matéria recente, a Gazeta do Povo listou 10 apoiadores de ditaduras que assinaram a carta sobre democracia. O compilado reúne políticos e artistas. Um dos citados foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato a presidente pelo PT. A reportagem destacou, por exemplo, que Lula disse que Fidel Castro foi o “maior de todos os latino-americanos” e ainda afirmou que o cubano “foi sempre uma voz de luta e esperança”, que animou “sonhos de liberdade''.

O candidato do Republicanos também disse que foi mal-interpretado ao dizer que São Paulo precisa de um “forasteiro” para administrar o estado. Freitas destacou que a frase se referia ao fato de ele não ser paulista e não que ele supostamente teria dado a entender que as pessoas que nasceram em São Paulo não teriam competência para assumir essa função. Freitas é natural do Rio de Janeiro. O domicílio eleitoral do ex-ministro foi mudado para São José dos Campos, interior do estado.

Ao tratar de questões relacionadas à mobilidade, o postulante ao Palácio dos Bandeirantes sugeriu que, caso eleito, poderá reavaliar os contratos de concessão do metrô e os que foram firmados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), mas disse que agirá dentro dos limites contratuais. Ele citou também a conclusão das obras do Rodoanel.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]