O fundador do partido Novo, João Amoêdo, que no 2º turno das eleições de 2018 declarou voto em Jair Bolsonaro (PL), anunciou que nestas eleições votará em Lula (PT). Para o político, que ainda é filiado ao Novo, mas deixou a presidência da legenda em 2020, o candidato do PT representa um “risco menor” do que o atual presidente. As informações são da Folha de S. Paulo.
No dia seguinte ao primeiro turno deste ano, o partido Novo, que já não possui grande influência de Amoêdo, publicou nota em que declarou ser contra o PT e o lulismo, mas liberou seus filiados e eleitores a votarem no segundo turno de acordo com os princípios partidários.
À Folha de S. Paulo, Amoêdo justificou sua decisão dizendo que durante o governo Bolsonaro, o país regrediu institucionalmente e como sociedade. “A paixão e o ódio dominaram o debate político, levando a polarização a níveis inaceitáveis. A independência dos Poderes foi comprometida. O Legislativo foi cooptado pelo orçamento secreto e as emendas parlamentares. O Supremo Tribunal Federal se tornou alvo de ataques frequentes por parte do presidente e seus aliados”, afirmou.
A respeito de sua visão sobre Lula e o PT, Amoêdo – que anteriormente havia dito que anularia seu voto nestas eleições – disse que permanece com as “mesmas críticas e enormes restrições”. “Como esquecer o mensalão, o petrolão, a recessão de 2015 e 2016, as pedaladas fiscais, o apoio a ditaduras? Discordo integralmente das ideias e dos métodos”, declarou.
Partido Nota condena postura de Amoêdo: "incoerente e lamentável"
Veja a nota divulgada pelo partido Novo no início da tarde deste sábado (15):
"É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história. Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos.
A triste declaração constrange a instituição, que se mantém coerente com seus princípios e valores e reforça que Amoêdo não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020.
Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro. O NOVO sempre foi e sempre será oposição ao lulopetismo e tudo que ele representa".
A nota foi rebatida por Amoedo nas redes sociais. Ele sustentou que a liberdade de expressão é um dos "pilares" do partido e que seu posicionamento tem amparo no estatuto da legenda em "diretriz partidária vigente". Também argumentou estar amparado na nota que "textualmente reafirmou a liberdade de seus filiados em votar segundo suas convicções".
Esquerda tenta reconexão com trabalhador ao propor fim da escala 6×1
Jornada 6×1: o debate sobre o tema na política e nas redes sociais
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
De político estudantil a prefeito: Sebastião Melo é pré-candidato à reeleição em Porto Alegre
De passagem por SC, Bolsonaro dá “bênção” a pré-candidatos e se encontra com evangélicos
Pesquisa aponta que 47% dos eleitores preferem candidato que não seja apoiado por Lula ou Bolsonaro
Confira as principais datas das eleições 2024
Deixe sua opinião