O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, afirmou que pretende dialogar com quem for eleito para comandar a Presidência da República e que não quer que a guerra ideológica venha para o estado. Segundo ele, as divergências políticas entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) teriam feito a União reduzir o volume de recursos ao estado. Garcia, porém, não mencionou qual seria esse montante. O tucano também falou sobre atos de 7 de setembro e a cracolândia.
As declarações foram dadas nesta segunda-feira (22) durante sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Garcia era o vice de Doria e assumiu o Palácio dos Bandeirantes em março deste ano, quando o então governador renunciou para tentar se lançar candidato a presidente. Sem sucesso, Doria decidiu se retirar da vida pública e voltou a atuar na iniciativa privada.
Ao ser questionado sobre os atos de 7 de setembro e a eventual participação de policiais militares, Garcia disse que os funcionários públicos poderão participar desde que seja fora dos quartéis, sem farda e fora do horário de expediente. “Política, fora do quartel. A manifestação é livre a funcionários públicos de qualquer natureza sem farda e fora do quartel. Agora, dentro do quartel, em horário de trabalho, a Polícia Militar não admite esse tipo de manifestação”, afirmou o governador ao Estadão.
Ao falar sobre a cracolândia, Garcia criticou as ações adotadas por Fernando Haddad, candidato do governo de SP pelo PT, quando o petista comandou a prefeitura da capital. O tucano afirmou que as políticas de redução de danos de Haddad não funcionaram e que houve aumento do tráfico de drogas na região. O candidato do PSDB, porém, não mencionou o apoio do estado à ação atual na cracolândia, a qual acabou por espalhar os usuários de drogas pelo Centro de São Paulo.
Na sabatina, o atual governador também evitou fazer críticas diretas ao ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também disputa o Palácio dos Bandeirantes e tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Garcia apenas criticou o fato de Freitas não ser de São Paulo.
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