O governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa a reeleição, disse que não saiu candidato para “dar palanque a presidente da República”. O tucano se referia a dois adversários na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes - Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), cujos padrinhos políticos são os candidatos a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), respectivamente. A declaração foi dada na tarde desta quarta-feira (14) durante a sabatina do g1.
Mesmo assim, ele destacou que apoia Simone Tebet (MDB) na eleição presidencial. Perguntado sobre a possibilidade de se repetir o que houve no pleito de 2018, quando parte do eleitorado de SP votou em Jair Bolsonaro e João Doria (PSDB), o candidato disse que a escolha é livre e se dá em razão das pessoas que estão na disputa e não dos partidos.
Sobre Bolsonaro, Garcia disse que se arrependeu de ter votado no presidente em 2018 e justificou a afirmação pelo fato de ele não ter feito as reformas administrativa e tributária e também pela condução da pandemia. O candidato afirmou que Bolsonaro “atrasou” a vinda da vacina para o Brasil e que as doses não demoraram ainda mais para chegar ao país por causa da ação de Doria e do Instituto Butantan.
Ele também negou que tenha ocorrido rompimento com o ex-governador de São Paulo. Garcia era o vice de Doria e assumiu o Palácio dos Bandeirantes em março deste ano, quando o então governador renunciou para tentar se lançar candidato a presidente. Sem sucesso, Doria decidiu se retirar da vida pública e voltou a atuar na iniciativa privada.
“O João saiu da vida pública, anunciou isso para toda a imprensa brasileira. Nós mantemos o nosso relacionamento, não existe nenhum tipo de rompimento”, afirmou ao g1.
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