O governo federal fez pelo menos três menções ao aumento do salário mínimo na quinta-feira (20). Em uma nota oficial divulgada pelo Ministério da Economia, o Executivo disse que tanto a aposentadoria como o mínimo terão reajuste, pelo menos, com a correção da inflação. O texto diz também que a pasta estuda aumento real e que não haverá nenhuma mudança nas regras atuais.
“Ninguém vai mexer com o salário mínimo e com os aposentados. Não tem isso de mudar regra para prejudicar o trabalhador”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Antes mesmo da publicação da nota, Guedes já havia negado que o governo pretendia alterar a regra que vincula o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias pela inflação passada. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, apontando ainda que a proposta seria apresentada após o segundo turno, em caso de vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em declarações para a Veja, Guedes também afirmou que o governo estuda outras formas de conceder um aumento real no próximo ano. Qualquer mudança no sentido oposto sequer foi discutida dentro da equipe econômica, enfatizou o ministro.
Além disso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o tema no podcast Inteligência Ltda. na noite desta quinta-feira (20). Ele classificou como fake news a declaração do deputado federal André Janones (Avante-MG), apoiador da campanha de Lula, de que o salário mínimo seria reduzido a partir de 2023 em caso de reeleição de Bolsonaro, uma vez que não seria mais corrigido pela inflação.
Bolsonaro já deu como certo o reajuste real do salário mínimo, ou seja, acima da inflação, se for reeleito. “O Paulo Guedes já desmentiu isso [alegação de Janones]. O pessoal pega qualquer deslize de palavras, interpreta e joga. O Paulo Guedes fala muito em desindexação da economia. O que é desindexar? [Significa que] o percentual fica indefinido. Mas no momento tem a garantia de aumento real”.
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