Os governos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul anunciaram nesta terça-feira (1º) medidas para desbloquear as rodovias que cortam esses estados. Desde essa segunda-feira (31), caminhoneiros têm bloqueado trechos das estradas após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Republicanos), criou um Gabinete de Crise junto de representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar. As forças de segurança do estado estão aplicando multas de até R$ 100 mil para os manifestantes que não respeitarem as ordens de desbloqueio das rodovias
"Estamos atuando de maneira integrada para que esse movimento se encerre o mais rápido possível e de maneira ordeira. Estamos monitorando atentamente a situação no estado e dialogando com os manifestantes. Esperamos que a situação seja resolvida sem a necessidade do uso progressivo da força", assinala o perito-geral Giovani Eduardo Adriano, presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial.
O Governo de Santa Catarina avalia que os principais impactos dos bloqueios são na prestação de serviços médicos e na chegada de pacientes a hospitais, além do transporte de cargas vivas e no desabastecimento de insumos agrícolas.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, até às 15h desta terça-feira havia registro de 41 pontos de bloqueio nas rodovias de Santa Catarina e 1 foco de concentração.
"Não vamos permitir que essa situação permaneça", diz governador do RS
O Governo do Rio Grande do Sul também anunciou a criação de um Gabinete de Crise, composto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
"Sobre os bloqueios ilegais que ocorrem nas estradas do RS, minha ordem às forças de segurança é para agir e efetuar os desbloqueios de forma imediata, conforme indica a lei. Não vamos permitir que essa situação permaneça e prejudique o povo gaúcho”, declarou Ranolfo Vieira Junior (PSDB), governador do Rio Grande do Sul.
Um dos focos da desobstrução das rodovias no estado é na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), entre os municípios de Canoas e Esteio, na Região Metropolitana. A dificuldade no escoamento de gasolina e diesel da refinaria já começa a impactar o atendimento de postos de combustíveis no Rio Grande do Sul.
Segundo boletim da Polícia Rodoviária Federal, divulgado às 15h30, existem 15 trechos com bloqueio por parte dos manifestantes dentro do Rio Grande do Sul.
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