Fernando Haddad, candidato ao governo de SP, durante lançamento de livro sobre o governo Lula| Foto: João Risi / Flickr Lula Oficial
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Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo, afirmou que o Centrão está destruindo o Brasil e que “é um grande mal para o país". Se for eleito, o petista afirmou que vai dialogar com todos os partidos, mas que pretende deixar o Centrão longe da base de seu governo. A ideia de Haddad é ter sustentação nos partidos de centro-esquerda que fazem parte da coligação: PSB, PCdoB, PV, Psol, Rede e Agir (antigo PTC).

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As afirmações foram feitas durante a sabatina do g1 na tarde desta terça-feira (23). Ao criticar o Centrão, Haddad disse também que são legendas vazias ideologicamente, que travam pautas que são necessárias para o país e que atuam de acordo com interesses individuais.

Ele também criticou o ex-governador João Doria e disse que o tucano descaracterizou o PSDB ao “empurrá-lo” mais para a direita. Haddad citou o apoio de Doria ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), à época no PSL, em 2018. Para ele, Doria também foi o responsável pela saída de Geraldo Alckmin do partido, pois o ex-governador trouxe Rodrigo Garcia - atual governador e que disputa a reeleição ao governo de SP - do DEM para o PSDB. Atualmente, Alckmin está no PSB e é candidato a vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em contrapartida, Haddad elogiou Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo Psol. Haddad disse que Boulos, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, está focado na eleição para a Câmara dos Deputados, mas que teria lugar em sua administração, caso o petista seja eleito para comandar o Palácio dos Bandeirantes.

Ao ser questionado sobre os erros da gestão à frente da prefeitura de São Paulo e o fato de não ter sido reeleito em 2016, o candidato do PT afirmou que faltou comunicar de uma forma mais efetiva à população paulistana as decisões tomadas pela gestão e que deveria ter deixado algumas ideias amadurecerem antes de colocá-las em prática. Ele citou a criação de faixas exclusivas para ônibus em alguns pontos da capital e também a implantação de ciclofaixas.

Se for eleito, Haddad também afirmou que pretende criar um piso salarial para os policiais do estado. Segundo ele, o valor precisa ser alto no início de carreira para “atrair sangue novo”. A progressão no serviço público ocorreria de forma gradual e de acordo com o desempenho individual. O petista prometeu chamar os policiais para discutir a questão.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]