Ao falar sobre seu adversário, Haddad declarou que Tarcísio de Freitas não tem autonomia em suas decisões.| Foto: Divulgação SBT
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O candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), criticou seu adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmando que ele tem apenas três propostas para o estado. O petista disse ainda que o ex-ministro da Infraestrutura é um “joguete” do presidente Jair Bolsonaro (PL) e que não teria comparecido ao debate por ordem do Planalto. Haddad participou nesta segunda-feira (24) de uma sabatina realizada pelo jornal O Globo, Valor e CBN. Seu adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos) também foi convidado, mas recusou.

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Ao ser questionado sobre o episódio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson, que no domingo (23) atirou contra policiais federais, o petista relacionou o episódio ao governo federal, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobrevive politicamente de crises.

“Do meu ponto de vista, Bolsonaro vive de crise. Não vive de governar. Um governo deveria viver de governar. Tomar medidas, endereçar questões importantes, prestar contas, dar satisfação do que está fazendo. E ele (Bolsonaro) depende desse tipo de evento para sobreviver politicamente. Isso é uma técnica de comunicação para desviar a atenção daquilo que mais interessa ao povo, afirmou Haddad. “Toda semana acontece alguma coisa inusitada. Algo que não estava programado, que não estava na agenda política do país”, disse.

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"Joguete de Bolsonaro"

Ao falar sobre seu adversário, o candidato do PT declarou que Tarcísio de Freitas não tem autonomia em suas decisões. “O Tarcísio se dispôs a ser um joguete na mão do bolsonarismo. Ele vai fazer o que Bolsonaro mandar. Ele não tem personalidade própria para fazer as coisas da cabeça dele. Isso desde a candidatura. Ele queria ser candidato ao Senado por Goiás, só se falava disso em Brasília. De repente aluga uma casa do cunhado e simula uma locação” (para virar candidato por São Paulo.

Haddad questiona ataque em Paraisópolis

Haddad questionou ainda o episódio dos tiros disparados contra Tarcísio de Freitas em Paraisópolis, dizendo achar estranho que não apareçam imagens do episódio. “Cadê as imagens de Paraisópolis? Eu pergunto para vocês. Tinha lá polícia. Eu não tenho policial militar à minha disposição, como ele tem. Não me foi colocado à disposição. Eu sou tão candidato quanto ele. Ele tem um tratamento, eu tenho outro", disse. “Os policiais tinham câmeras nos uniformes. Onde estão as imagens? Cadê as imagens das lojas de Paraisópolis?”, disse o petista.

Em outro momento, Haddad voltou a criticar Tarcísio, declarando que seu adversário tem apenas três propostas para São Paulo e insinuou que ele faltou ao debate por ordem de Bolsonaro. “Uma parte do eleitorado está votando cegamente no Tarcísio, que ele nem conhece, em razão da disputa nacional (entre Lula e Bolsonaro). Nosso objetivo de reta final é mostrar ao eleitor que ele tem muito a perder votando no Tarcísio”, disse.

"Ele (Tarcísio) não tem uma única proposta para o estado de São Paulo a não ser três, que você não sabe se ele mantém ou não: desobrigar a vacina, tirar câmera (do uniforme) de policial e vender a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As únicas três coisas que até agora eu não sei o que ele fala uma coisa”, criticou.

Ausência do debate

“Ele não tem nenhuma autonomia, nenhuma independência para falar absolutamente nada. Tem rumores muito consistentes de que a ordem para o Tarcísio não participar de debate comigo veio do Palácio do Planalto”, disse Haddad. Ao ser confrontado sobre a também ausência do candidato à presidência Lula (PT) nos debates nacionais, numa atitude similar, Haddad justificou, afirmando que o ex-presidente já é conhecido. “Há 50 anos ele (Lula) faz política no Brasil. O Tarcísio ninguém conhece”, disse.

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