A Justiça Eleitoral do Paraná cumpriu neste sábado (3) uma ação de busca e apreensão na residência do candidato ao Senado pelo Paraná, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), após uma representação da Federação “Brasil da Esperança” do Paraná, formada pelo PT, PCdoB e PV. No local foram apreendidos materiais supostamente irregulares de campanha. A ação aconteceu no apartamento de Moro, em Curitiba, em razão do endereço ter sido indicado como o comitê central da sua campanha ao Senado.
Além de diversos materiais impressos que teriam violado a legislação eleitoral, as redes sociais de Moro também teriam publicado propaganda em desconformidade com as regras. Uma das irregularidades apontadas seria o tamanho da fonte do nome do candidato a senador que teria sido destacado em proporção irregular em comparação ao nome dos suplentes.
Ao todo deve ser apreendido cerca de 1 milhão de material impresso, entre adesivos e santinhos e outros materiais de campanha. Pela decisão, deverão ser removidos também mais de 300 links das redes sociais do candidato, incluindo vídeos de campanha.
Defesa nega irregularidades
O advogado de Moro, Gustavo Guedes, negou qualquer irregularidade nas propagandas e afirmou que pedirá a reconsideração da decisão ao TRE-PR. “A busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão. Repudia-se a iniciativa agressiva e o sensacionalismo da diligência requerida pelo PT”, diz a nota da defesa.
Para o advogado da federação formada pelo PT, Luiz Eduardo Peccinin, “a Justiça eleitoral paranaense garante a igualdade no cumprimento da lei para todos os candidatos. O critério é objetivo e praticamente toda a campanha dos candidatos está irregular. No caso de Sergio Moro, sua propaganda visivelmente tenta esconder seus suplentes do eleitor, por isso deve ser inteiramente suspensa”.
Moro critica PT e diz que não será intimidado
O candidato Sergio Moro também se manifestou sobre a ação em suas redes sociais, afirmando que o PT mostra, com a ação, a democracia que pretende instaurar no país e que não será intimidado pela iniciativa do partido.
“Hoje, o PT mostrou a “democracia” que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido. Nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”, declarou Moro.
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