O candidato ao governo de Minas Gerais do PSD, Alexandre Kalil, afirmou nesta quarta-feira (24) que, se eleito, pretende revogar o atual Regime de Recuperação Fiscal do estado, caso a adesão ao programa seja concluída. O candidato participou da sabatina promovida pelo podcast Frango com Quiabo, do portal g1.
Em julho deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques autorizou o governo de Minas a aderir ao regime, sem a necessidade de autorização da Assembleia Legislativa do estado. Há anos, o plano de ajuste de gastos estava parado no Legislativo local porque os deputados resistem a aprovar aspectos da proposta, como um plano de privatização de estatais mineiras.
Entre outras determinações, o regime atual permite concursos apenas para repor servidores. Para Kalil, essa restrição pode impedir o funcionamento dos hospitais regionais que precisam ser concluídos. "Com esse Regime de Recuperação Fiscal não pode haver contratação. Como vamos rechear o hospital de Juiz de Fora, com o quê? Com jogador de futebol?", afirmou.
O candidato disse que o atual regime do estado é "uma bomba atômica". "Nós vamos ficar 16 anos sem dar aumento, por exemplo, para o policial militar. Daqui a seis anos nós não teremos polícia mais", disse.
Aliança com Lula e PT
Sobre a aliança com PT, Kalil reconheceu que já fez críticas ao partido. O candidato a vice-governador em sua chapa é André Quintão, do PT. "Quem vai governar é o PSD, eu sou candidato do PSD. O PT, realmente, fez uma gestão lamentável no estado", ressaltou.
"Se o próprio PT, se o próprio Lula diz que cabe ao PT lamber ferida e reconhecer o desastre que foi, eu acho que não sou eu que vou defender. Eu acho que são duas administrações muito ruins, e quem vai governar é o Kalil… O governo Lula foi um dos melhores governos da história desse país e é com ele que eu me associei", afirmou.
Combate à fome no orçamento do governo
Kalil foi questionado sobre como vai conduzir as políticas para combater a fome, principalmente no Vale do Jequitinhonha, composto por 20 municípios mineiros. Ele ressaltou que "quem vai solucionar a fome para valer é o governo federal", mas que, se for eleito, vai colocar no orçamento ações contra a fome e a pobreza.
"O que não pode é abandonar. O que não pode é tirar uma criança da escola, como nós tiramos na pandemia, e não entregar uma cesta básica para a família dela. O que não pode é você tirar o cara do trabalho, que às vezes ele se alimentava lá, e não abrir o restaurante popular", disse. Com informações da Agência Brasil.
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