Ex-presidente Lula discursou para metalúrgicos no ABC Paulista| Foto: Ricardo Stuckert/PT
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a fábrica de veículos da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, para abrir sua campanha presidencial nesta terça-feira (16). O local escolhido é considerado o berço político de Lula e conta com a mobilização de diversos movimentos sindicais que apoiam o petista.

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"Eu resolvi fazer a abertura da minha campanha aqui não só para agradecer vocês, mas porque foi aqui que tudo aconteceu na minha vida. Foi aqui que eu adquiri consciência política. Foi por causa de vocês que acho que eu fui um bom presidente da República", disse Lula.

A data marca o início da campanha eleitoral e autoriza a divulgação de propaganda, comícios e distribuição de material gráfico, como "santinhos" e adesivos. Além de estratégica, a escolha do ABC paulista também é simbólica, já que Lula iniciou sua carreira política no sindicato dos metalúrgicos da região e já trabalhou na fábrica da montadora.

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"Foi aqui que eu aprendi a ser gente. Eu poderia dizer para vocês que praticamente tudo que eu vivi na vida e aprendi na política eu devo a essa categoria extraordinária que se chama metalúrgicos do ABC", discursou.

Lula abre campanha com promessa de geração de empregos

Como estratégia de campanha, o ex-presidente também aproveitou o seu discurso junto aos trabalhadores da fábrica para falar sobre a geração de empregos. Este será um dos motes da campanha neste primeiro momento da disputa.

"Eu não precisaria estar candidato outra vez, mas agora o Brasil está pior do que quando eu tomei posse a primeira vez. A situação econômica está pior. Em 2003, aqui vocês tinham 13.857 trabalhadores, em 2012 a gente chegou a 14.164. Passados 10 anos, aqui hoje só existem 7.931 trabalhadores. Onde foram os outros trabalhadores? Eles estão trabalhando ou dormindo na sarjeta? Porque esse governo não se preocupa em gerar empregos. Eu vou voltar para que a gente recupere esse país, recupere o emprego", discursou o petista.

Em outra frente, Lula afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aprovou a PEC dos benefícios sociais, que permitiu o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, por "desespero". Como a Gazeta do Povo mostrou, uma das estratégias da campanha petista será tentar emplacar o discurso de que o aumento do programa social por Bolsonaro foi um ato eleitoreiro.

"Eles estão gastando uma fortuna. Desde a proclamação da República não teve um presidente que gastasse 10% do que o Bolsonaro está gastando. Ele resolveu criar um auxilio de R$ 600, uma ajuda para taxista, uma ajuda caminhoneiro e baixar o preço da gasolina. Ele está fazendo isso agora, achando que o povo é besta", disse o petista.

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Após ato no ABC, Lula vai à posse de Moraes no TSE

Além do ex-presidente, participaram do ato os candidatos da coligação ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e ao Senado pelo mesmo estado, Márcio França (PSB), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice, não estava presente.

Em seu discurso, Gleisi pediu a mobilização de todos os presentes na campanha petista. "Estamos jogando com um adversário que joga baixo, que mente descaradamente e faz campanha baixa. Precisamos ser o mutirão da verdade. Vocês têm que ser a voz do Lula nessa campanha", pediu a deputada petista.

Depois do ato, o ex-presidente embarcou para Brasília. Ele estará presente na posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda nesta terça, às 19 horas, convidado como ex-presidente da República.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]