Em discurso a apoiadores neste sábado (2) em Salvador (BA), o ex-presidente Lula (PT) disse que os eleitores devem “pegar todo o dinheiro” da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 1/2022, patrocinada pelo governo federal, que cria um pacote de benefícios sociais temporários, mas não votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.
“Eu queria dizer para ele o que o povo baiano está dizendo para ele: ‘Bolsonaro, aprove as suas leis, porque a gente vai pegar todo o dinheiro que você mandar, mas a gente não vai votar em você. A gente vai votar em outras pessoas’. Porque o dinheiro que ele está dando agora é só até dezembro”, disse Lula.
A PEC à qual o petista se refere foi aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (30) e seguirá para apreciação na Câmara dos Deputados. Entre as medidas previstas, ao custo de R$41 bilhões, estão o aumento, até o fim do ano, nos valores do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600) e do vale-gás, além da criação de um voucher de R$ 1 mil mensais para caminhoneiros.
Em outro momento, ao falar sobre as Forças Armadas, Lula disse que o Brasil não pode abrir mão de Forças Armadas “não apenas bem equipadas e bem treinadas, mas sobretudo as Forças Armadas comprometidas com a democracia". "Tenho certeza que as forças armadas estarão ao lado do povo brasileiro na nossa luta por uma nova independência, como estiveram em momentos importantes da nossa história", disse. O petista também minimizou possibilidade de “golpe institucional” a ser dado por Bolsonaro e criticou o atual presidente por fazer questionamentos à segurança das urnas eletrônicas.
Além de Lula, outros três pré-candidatos à presidência da República – Jair Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) – estiveram na capital baiana neste sábado participando das festividades da Independência da Bahia.
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