Mudanças na política de preços da Petrobras, recriação de ministérios, e retorno do Bolsa Família são algumas das medidas que o ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva, candidato à Presidência da República pelo PT, irá adotar se for eleito em outubro para chefiar o Executivo mais uma vez. As afirmações foram feitas em entrevista ao UOL.
Segundo Lula, em caso de um eventual governo petista, os preços do petróleo e derivados serão desatrelados do dólar para que o consumidor final aqui no Brasil possa gastar menos com combustíveis e gás de cozinha, por exemplo. O candidato do PT disse ainda que faltou coragem ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, para mudar essa política de preços.
Adotado desde 2016, o objetivo do regime de Preço de Paridade Internacional (PPI) é manter o mercado atrativo para que refinarias privadas e importadores possam suprir a demanda do país, uma vez que, sozinha, a Petrobras não é capaz de fornecer todo o combustível que os brasileiros consomem.
Na mesma entrevista, Lula ainda fez promessas quanto ao reajuste do salário mínimo. O petista afirmou que pretende que o mínimo tenha ganho real acima da inflação.
Com relação aos ministérios, o petista afirmou que irá recriar alguns que foram extintos na gestão Bolsonaro. Ele citou o da Cultura - que atualmente é uma secretaria especial do Ministério do Turismo - e o da Igualdade Racial. De acordo com o petista, não se pode relegar a cultura a um lugar secundário.
Sobre a eventual escolha de ministros, Lula afirmou que não quer nomes que sejam “só técnicos”, pois na visão dele é preciso também que tenham “cabeça política”.
Outra afirmação feita por Lula foi que, em caso de vitória nas eleições de outubro, o programa social Auxílio Brasil voltará a se chamar Bolsa Família e terá novas regras. Para ele, a mudança no nome foi uma bobagem. O candidato do PT prometeu que vai pagar até R$ 600, mas que não pode ser para todos os beneficiários. Segundo ele, o valor vai depender do número de pessoas por família. Atualmente, o governo Bolsonaro reajustou o benefício de R$ 400 para R$ 600 - entre agosto e dezembro - para todos os cadastrados no Auxílio Brasil.
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